O Complexo do Maracanã, um dos maiores símbolos esportivos do Brasil, pode ser incluído entre os bens do Estado do Rio de Janeiro a serem leiloados para quitar parte da dívida com a União. A proposta foi debatida na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa (Alerj), presidida pelo deputado Rodrigo Amorim, do União Brasil.
A medida visa reduzir os altos custos de manutenção do estádio e permitir um novo modelo de gestão, possivelmente via concessão à iniciativa privada. Atualmente, cada partida no Maracanã representa um custo médio de aproximadamente um milhão de reais ao Estado, valor considerado insustentável diante do atual cenário fiscal.
O projeto inclui não apenas o estádio, mas todo o Complexo do Maracanã, com o ginásio do Maracanãzinho, o antigo estádio de atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. Esses equipamentos exigem manutenção constante e oneram os cofres públicos.
A proposta, que agora soma 62 imóveis passíveis de alienação, ainda será votada em plenário. Se aprovada, permitirá ao governo utilizar o valor arrecadado para abater parte do débito estadual com o governo federal. O tema reacende o debate sobre a preservação do patrimônio público e a busca por equilíbrio financeiro na gestão estadual.
Foto - Daniel Basil