Moradores de diversas regiões do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana enfrentam semanas sem internet. Em bairros de Niterói, como Várzea das Moças, interrupções já duram pelo menos duas semanas.
Segundo relatos, criminosos cortam cabos das operadoras legais e obrigam moradores a contratar serviços ligados ao tráfico ou à milícia. Técnicos são impedidos de realizar reparos por falta de segurança, conforme informado pelas empresas.
Em São João de Meriti, panfletos oferecem planos de internet “indicados” por criminosos. Em Santíssimo, moradores estão sem conexão desde junho, enquanto em Bangu, Pilares e Catiri relatos apontam cabos cortados e ameaças frequentes.
A situação impacta o trabalho remoto e a rotina dos cidadãos, que não têm alternativas viáveis de conexão. A Conexis, associação das operadoras, pede ação coordenada de segurança pública, enquanto a Polícia Civil afirma atuar no combate à exploração ilegal de serviços de internet.
O cenário evidencia a vulnerabilidade de moradores e empresas diante da atuação de milicianos e traficantes, reforçando a necessidade de políticas integradas de segurança e infraestrutura digital, garantindo acesso seguro e regular à população.
Foto – Fabiano Rocha/Agência O Globo