Maduro critica ‘golpes de Estado da CIA’ após Trump autorizar operações na Venezuela

Escrito em 16/10/2025
Redação -


Segundo o jornal New York Times, o governo dos EUA havia autorizado ações da Agência Central de Inteligência no país, incluindo ‘operações letais’ 

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela aumentou após o presidente americano, Donald Trump, afirmar na última quarta-feira (15) que está considerando uma ação militar em terra contra cartéis venezuelanos. Em resposta direta, o presidente Nicolás Maduro criticou o que chamou de “golpes de Estado orquestrados pela CIA”. Em declaração a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que uma ação terrestre é uma possibilidade. “Certamente estamos considerando atacar em terra, porque temos o mar muito bem controlado”, afirmou o republicano.

A fala de Trump surge em meio a uma reportagem do jornal The New York Times, que alega que o presidente teria autorizado secretamente a CIA a realizar missões encobertas na Venezuela com o objetivo de desestabilizar o governo de Maduro. Questionado se autorizou a agência a remover o líder venezuelano, Trump foi evasivo, afirmando que seria “ridículo” responder à pergunta.

Do lado venezuelano, a reação foi imediata. Nicolás Maduro rejeitou qualquer intervenção e acusou a agência de inteligência americana de conspirar contra seu governo. “Não aos golpes de Estado da CIA. Por quanto tempo a CIA continuará dando golpes? A América Latina não os quer, não precisa deles e os rejeita”, declarou Maduro.

Segundo a reportagem, o plano americano incluiria a ampliação de ações militares nos arredores da Venezuela, como o envio de bombardeiros B-52, e operações para capturar Maduro. Desde agosto, os EUA mobilizaram navios e aviões de guerra no Caribe, justificando a presença como uma operação de combate ao narcotráfico. Maduro nega as acusações de ligação com o tráfico de drogas e afirma que a operação é um pretexto para uma invasão militar.

Por Pedro Tritto - Jovem Pan

Foto - EFE/ Prensa Miraflores


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