Brasil despenca no ranking global enquanto impostos batem recorde e gastos disparam. R$ 3 trilhões arrecadados e R$ 4 trilhões gastos, mas o cidadão vê pouco retorno.
O Brasil caiu da 5ª para a 32ª posição no ranking global de crescimento econômico entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025. O Produto Interno Bruto cresceu apenas 0,4% no segundo trimestre, uma desaceleração significativa em relação aos 1,4% registrados nos três primeiros meses do ano. Enquanto a economia desacelera, o povo brasileiro continua pagando a conta, sem sentir reflexos positivos no dia a dia.
O Impostômetro atingiu a marca de R$ 3 trilhões em tributos arrecadados até outubro de 2025, superando o total de 2024 em apenas 25 dias. Ao mesmo tempo, governo federal, estados e municípios já consumiram R$ 4 trilhões em gastos públicos, com ritmo mensal acima de R$ 100 bilhões. Esse desequilíbrio evidencia uma gestão fiscal insustentável, que compromete a confiança de investidores e a capacidade de investimento do país em setores estratégicos.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, descreveu o desempenho econômico como um “voo de galinha”. Crescimento inicial, impulsionado por fatores pontuais como uma safra recorde, perdeu força diante de juros elevados e incertezas fiscais. O Brasil, embora ainda seja a 10ª maior economia do mundo, com PIB estimado em US$ 2,1 trilhões, precisa mais do que números absolutos para garantir prosperidade duradoura.
A combinação de alta carga tributária e gastos públicos recordes sem retorno efetivo é alarmante. O cidadão paga mais impostos e vê a qualidade dos serviços públicos deteriorar-se, enquanto a infraestrutura continua deficiente. Sem reformas estruturais profundas e uma gestão eficiente, o futuro econômico do país permanece em risco, e a população sente no bolso cada desequilíbrio fiscal.
O alerta é claro: o Brasil não pode continuar nesse caminho. É necessário um choque de gestão fiscal, com cortes de gastos, reformas administrativas e foco no retorno real ao cidadão. Caso contrário, o país seguirá afundando no ranking global, enquanto quem paga a conta é justamente quem sustenta a máquina pública: o povo brasileiro. O desafio é enorme, mas a hora de agir é agora.