A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou na quinta-feira (11) a quebra do sigilo bancário de 67 pessoas e 91 associações e empresas. Nesta lista, figuram, entre outros nomes, o de Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS e alvo de pedido de prisão da CPMI -, Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti.
Entre as organizações, a CPMI aprovou as quebras de sigilo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), ligada ao PT, e do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como vice-presidente.
Além da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), ligada à Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural e que recebeu mais de R$ 100 milhões do INSS.
Um acordo entre oposição e governo vetou a quebra de sigilo do ex-ministros da Previdência Carlos Lupi e José Carlos Oliveira e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
A comissão definiu que terá acesso a informações bancárias das associações que tiveram o sigilo quebrado desde o momento em que foi firmado acordo de cooperação técnica (ACT) com o INSS até a presente data.
Na quinta-feira, a CPMI ouviu José Carlos Oliveira. Ele foi ministro da Previdência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O nome do ex-ministro despontou na investigação da Operação Sem Desconto a partir da análise de movimentações financeiras de associações e sindicatos sob suspeita de ligação com o esquema.