A Prefeitura de Niterói revogou as mudanças planejadas nas linhas de ônibus da cidade, decisão que gerou repercussão entre usuários e especialistas em transporte público. As alterações, inicialmente previstas para o dia 19 de setembro de 2025, incluíam a extinção de linhas tradicionais como a 40A (Largo da Batalha–Centro) e a 43-1 (Fonseca–Centro–Icaraí), além da unificação das linhas 24 e 24A. O objetivo declarado era modernizar a frota e otimizar os itinerários, mas a medida encontrou resistência popular e gerou dúvidas sobre sua eficácia.
Após um dia de intensa repercussão e reclamações de passageiros, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) publicou portaria revogando as alterações, mantendo as linhas e itinerários originais. A decisão evidenciou a falta de planejamento e de comunicação adequada com a população, expondo falhas na gestão do transporte público municipal. Moradores relataram confusão nos terminais e dificuldades de deslocamento, além de apontarem a ausência de consultas públicas antes da implementação das mudanças.
Especialistas afirmam que a reversão das medidas mostra a necessidade de uma política de transporte mais transparente e participativa. A falta de clareza sobre os critérios de decisão, os impactos nos horários e a redução de linhas para atender supostas demandas econômicas prejudicou diretamente os usuários, especialmente estudantes, trabalhadores e idosos.
Além disso, a revogação levanta questionamentos sobre a capacidade da gestão municipal em planejar ações estratégicas de mobilidade urbana. A iniciativa de unificar linhas e extinguir rotas centrais, sem estudo técnico divulgado, é vista como precipitada e prejudicial ao serviço público. A população, nas redes sociais, expressou alívio, mas também crítica à administração, apontando que a Prefeitura precisa investir em planejamento e diálogo antes de implementar mudanças significativas.
O episódio evidencia que decisões unilaterais podem gerar transtornos e desgaste político, sendo essencial que os órgãos municipais adotem mecanismos de transparência e avaliação de impacto antes de reformular o transporte urbano.