Alunos surdos da rede municipal de Niterói estão sem aulas de Libras como primeira língua e o português escrito como segunda língua desde março por falta de professores qualificados. No Colégio Municipal Paulo Freire, no Fonseca, crianças de 7 a 12 anos foram reunidas em uma única sala com professora de recursos, recebendo apenas atividades recreativas e vídeos, sem deveres ou conteúdo pedagógico efetivo.
Pais relatam regressão no aprendizado de leitura, escrita e matemática, alertando para prejuízos graves no desenvolvimento das crianças. A Fundação Municipal de Educação afirma que o atendimento segue com profissionais de recursos e que uma Comissão Especial de Suporte acompanha as turmas, mas moradores e especialistas afirmam que a medida não substitui o ensino com Libras como primeira língua.
A situação evidencia descaso da Prefeitura e reforça a urgência na contratação de professores especializados, garantindo educação inclusiva e aprendizado contínuo aos alunos surdos.