Rio terá o maior centro de produção de vacinas da AL

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que este é o maior investimento tecnológico em saúde pública do país - Foto: Eliane Carvalho/Divulgação Palácio Guanabara

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O governador em exercício Cláudio Castro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, assinaram, ontem, a escritura definitiva do terreno onde será instalado o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O espaço, cedido pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), receberá a maior fábrica de vacinas da América Latina, que vai quadruplicar a capacidade de produção anual de frascos de imunizantes e biofármacos da Fiocruz.

O complexo será implantado em uma área de 580 mil metros quadrados. Serão nove prédios, englobando setores de processamento, embalagem, armazenamento de matéria-prima e produtos finais, controle e garantia da qualidade, e centrais de tratamento de resíduos e efluentes. No local, serão produzidas todas as vacinas da Fiocruz. A previsão é que a fábrica esteja pronta em 2023.

"Eu não canso de falar o quanto a gente faz história e o quanto é importante para a população quando os políticos se entendem. Quando se tem governo federal, estadual e municipal alinhados, trabalhando em parceria, é o povo que ganha. Hoje estamos celebrando mais um ato em conjunto, no qual a grandiosidade dele coloca o Estado do Rio na vanguarda quando o assunto é fabricação de vacinas. Além disso, estamos falando de uma iniciativa que gera emprego, riqueza e ciência", destacou o governador em exercício.

Segundo Nísia Trindade, o projeto é prioritário para a fundação, para o Ministério da Saúde e para o desenvolvimento do estado do Rio.

"A Fiocruz só tem a comemorar. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde tem um valor estratégico para o Brasil e para o Sistema Único de Saúde, uma vez que a necessidade de ampliar a oferta de vacinas tem se mostrado, atualmente, um dos elementos centrais, principalmente diante das emergências sanitárias que temos vivido. Este é o maior investimento tecnológico em saúde pública no contexto contemporâneo do país. O CIBS ocupa um lugar estratégico no futuro da Fiocruz e tem destacada importância para o Ministério da Saúde e para o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro. Com esse empreendimento, o país dá um passo fundamental para conquistar sua autonomia na produção e oferta de vacinas", ressaltou.

O ministro da Saúde enfatizou a importância para o Brasil ter um grande
centro para reforçar o programa nacional de imunização.

"Nós vamos poder produzir com a Fiocruz, a curto prazo, para 2021, as vacinas para combater a Covid-19, e com certeza, para um futuro próximo, nós teremos condições de fazer frente a outras ameaças que o Brasil tenha na área de saúde", afirmou Pazuello.