Força-tarefa da Lava-Jato será encerrada

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Após quatro anos e meio de atuação, com renovação de mandato a cada seis meses, a força-tarefa da Lava-Jato no Rio inicia em fevereiro o seu último ciclo. Responsável pelas prisões de um ex-presidente da República (Michel Temer), dois ex-governadores (Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão), entre dezenas de políticos, empresários, agentes públicos e outras pessoas acusadas de envolvimento em esquemas de corrupção, a equipe hoje formada por oito procuradores da República terá o mandato prorrogado até abril, quando o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pretende criar o seu primeiro Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a exemplo do que já existe no Ministério Público Estadual.

A equipe da força-tarefa do Rio espera que o Gaeco federal tenha pelo menos seis procuradores da República, como ocorreu com o grupo criado no Paraná. Com isso, dois colegas devem ficar excluídos, o que reduzirá o potencial de investigação.

Os membros do Gaeco terão mandato de dois anos, prorrogáveis. Já existem Gaecos federais em Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pará e Amazonas. No Rio, será aberto nos próximos dias o prazo de inscrição aos interessados.

Por entender que as investigações em andamento, principalmente as derivadas da Operação Tris In Iden, que levou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a afastar Wilson Witzel, não podem parar, a força-tarefa planeja se converter no futuro Gaeco, em vez de trabalhar em conjunto com a unidade. Como o número e os nomes dos integrantes serão definidos pelo colegiado do MPF-RJ, com abertura de inscrição para os interessados, o atual coordenador da Lava-Jato no Rio, procurador da República Eduardo El Hage, já anunciou entre os colegas que vai se candidatar ao mesmo cargo no Gaeco.

Depois de serem escolhidos pelos colegas do Rio, os procuradores do Gaeco terão os nomes submetidos à aprovação do procurador-geral da República, Augusto Aras. O modelo marca a transição das forças-tarefas para um novo formato.