O NOVO DESAFIO DAS ESCOLAS

Dom José Francisco - Foto: Divulgação

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Dom José Francisco

A volta às aulas presenciais ainda é incerta. O que é certo é que ela não se dará como se fosse um retorno das férias. O isolamento social e o distanciamento escolar trarão impactos na aprendizagem e no desenvolvimento socioemocional que irão alterar profundamente os relacionamentos sociais e não passarão despercebidos de toda uma geração.

Quantos sentimentos precisarão ser acolhidos! Muitas crianças passaram por experiências de luto - de familiares, amigos e pessoas conhecidas - e essas perdas não podem ser minimizadas.

As mudanças de rotina também terão o significado de um luto. Daqui a pouco, tudo será novamente alterado; com a volta à escola haverá uma nova ausência da segurança do lar. O que vão experimentar os pequeninos diante desse novo afastamento dos pais?

Além disso, tudo virá colorido pelo medo da contaminação: as crianças trarão de casa para a escola e levarão da escola para casa a bagagem das vivências e das ansiedades.

Nenhuma geração atual viveu isso!

Se há um pedido a fazer aos pais é que não minimizem os sentimentos da criança. Elas, agora, precisam saber quem, dentro de casa, tem a chave da confiança e da segurança. Cabe aos pais serem os grandes aliados da escola, tanto nos cuidados para que a pandemia se mantenha controlada, quanto nas questões emocionais das crianças. Os pais e a escola são as duas asas que sustentam o voo.

E o professor? Ele é a figura mais próxima da criança, fundamental para que ela se sinta segura e confortável na escola. Atento ao comportamento dos alunos, ele poderá indicar à família os encaminhamentos para outros profissionais que saberão como ajudá-los.

A pandemia acentuou as diferenças. Não importa! A escola continuará sempre o expressivo lugar da inclusão, antes e depois de qualquer pandemia.