Rio continua em risco alto para a covid-19 pela quarta semana

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um novo apelo para que os cariocas evitem e denunciem aglomerações durante o período de Carnaval, ao acompanhar a divulgação do 6º Boletim Epidemiológico da Covid-19, no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, ontem. A apresentação mostrou que pela quarta semana consecutiva a capital fluminense permaneceu na classificação de alto risco, mas que a fila de espera por leitos, que no início de janeiro era de 150 pessoas, foi zerada.

"Chegou a sexta do Carnaval que não vai acontecer. As razões do cancelamento, de termos regras de distanciamento, de não se permitir festas e bailes, têm o único objetivo: o de preservar vidas. Meu apelo aos cariocas é para que, por favor, evitem aglomerações em blocos e festas, porque é assim que as autoridades sanitárias nos recomendam", afirmou o prefeito.

O prefeito ainda recordou que todos terão várias opções para se divertirem dentro de suas casas. Seja por acompanhar a reprise de desfiles antigos pela televisão, seja por eventos online promovidos por blocos e escolas de samba via redes sociais.

Como as 33 regiões administrativas (RAs) ainda estão em nível alto, as medidas de proteção à vida não se alteram. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, explicou que apesar de as médias móveis de casos e de óbitos manterem a tendência de queda e a fila por um leito Covid-19 estar zerada, a classificação permaneceu porque estamos no período de Carnaval e pelo fato do surgimento de novas variantes do vírus, apesar de nenhum caso dessa cepa ter sido registrado no Rio.

O boletim epidemiológico mostrou ainda que o Rio registrou 194.497 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. O total de óbitos foi de 17.888. A letalidade está em 9,2% e a mortalidade em 268,5/100 mil habitantes. As RAs de Copacabana (V), Centro (II), Lagoa (VI) e Tijuca (VIII) são as que concentram a maior incidência acumulada de casos confirmados da doença. Centro e Lagoa têm as maiores taxas de mortalidade acumulada.

Guia de medidas de proteção à vida - Como a cidade se mantém em risco alto, as medidas de proteção à vida propostas não mudam. Entre elas, estão limitação da capacidade de lotação de estabelecimentos, alteração nos horários de funcionamento e ampliação das regras de distanciamento em locais fechados, além, é claro, do uso de máscara e álcool em gel para higienizar as mãos.

Para ajudar a população a entender quais são as medidas indicadas para cada faixa de risco, conforme estabelecido na Resolução Conjunta SES/SMS nº 871, de 12 de janeiro de 2021, a Secretaria Municipal de Saúde lançou o "Guia de medidas de proteção à vida". Disponível para download no site http://coronavirus.rio/, o guia apresenta de forma didática as restrições que devem ser adotadas em cada tipo de estabelecimento quando a faixa de risco estiver moderada (amarela), alta (laranja) ou muito alta (vermelha).

Fila zerada por leito covid-19 - A cidade segue sem nenhum paciente aguardando por mais de 14 horas em unidades de urgência e emergência por leito especializado para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), casos suspeitos ou confirmados da doença. Todos os pacientes que deram entrada ao longo desta quinta-feira (11) foram direcionados aos leitos covid-19.

No fim da tarde desta quinta, havia 886 pacientes internados nos leitos da rede SUS (municipais, estaduais, federais ou universitários) para a doença no município, com uma taxa de ocupação média de 73% dos leitos operacionais. 

Fiscalização para evitar aglomerações - A Prefeitura mantém intensificadas as ações de fiscalização na cidade para garantir que as normas restritivas de proteção à vida sejam cumpridas. Ações integradas desde o dia 15 de janeiro entre a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o Instituto de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio), a Guarda Municipal e a Defesa Civil já passaram por 51 bairros, contabilizando 443 inspeções em estabelecimentos, 232 infrações sanitárias e 36 interdições.

Nesta quinta, foi anunciado o plano logístico de prevenção e combate às aglomerações durante o período de carnaval, cancelado devido à pandemia da Covid-19. Desta sexta-feira (12/02) até o dia 21 de fevereiro, os órgãos municipais (Seop, Ivisa-Rio, Centro de Operações Rio, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Transportes e CET-Rio) farão ações de fiscalização para evitar eventos irregulares que gerem concentração de pessoas. As medidas estão amparadas no Decreto n° 48.500 e na Resolução Conjunta SES/SMS.

De acordo com o artigo 2° do decreto N° 48.500, publicado no último dia 5 em Diário Oficial, estão proibidos, neste período, a concentração e o desfile de escolas de samba e blocos de rua; a concessão de autorização para comércio ambulante temporário e de licenciamento transitório para eventos de blocos carnavalescos; e a entrada na cidade de ônibus e demais veículos fretados, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem reserva de
hospedagem.