Cinco presos por roubo de combustível da Petrobras

No Rio, os mandados foram cumpridos na capital, Duque de Caxias e Itaboraí - Foto: Policia Civil / Divugação

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Cinco pessoas foram presas ontem, entre elas o capitão da polícia militar Marcelo Queiroz dos Anjos, durante a Operação Porto Negro, realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em conjunto com a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD/PCERJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e dos GAECOs do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público de Minas Gerais, contra uma organização criminosa denunciada por furtar combustível de dutos da Transpetro. O objetivo era cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada. No Rio de Janeiro, os mandados foram cumpridos na capital, Duque de Caxias e Itaboraí. Dentre as ordens de prisão, estava a do capitão da Polícia Militar Marcelo Queiroz, que se apresentou no início da tarde na Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD).

Também foram cumpridas ordens de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Na ação, Foram apreendidos 9 telefones celulares, documentos, recibos totalizando R$ 2,39 milhões, além de um tanque de combustível, uma bomba de sucção, 3 bombinhas com combustível e cheques no valor aproximado de
R$ 400 mil.

A denúncia descreve o papel de cada integrante na estrutura da organização criminosa: a liderança seria de Gilson Cunha Júnior e Marcelo Queiroz dos Anjos, que coordenariam toda a operação, desde a escolha do duto, até a subtração do produto, o pagamento aos integrantes, o financiamento do material utilizado no crime e a coordenação do transporte até o receptor. O denunciado Jorge Dias Braga seria o responsável operacional, subordinado direto das lideranças, auxiliando na realização dos furos nos dutos e no manuseio da mangueira para carregar os caminhões com o combustível.

Ainda segundo a denúncia, o caminhão com o líquido furtado seria então transportado pelo motorista José Carlos da Silva. Já o receptador do produto furtado seria o denunciado Walmir Aparecido Marin, que também financiaria a atividade da organização criminosa, fornecendo caminhões para serem usados no transporte. Eles foram denunciados por constituir organização criminosa e furto qualificado.

A denúncia relata três ocasiões em que o grupo teria realizado furto e receptação qualificada: a primeira em Guapimirim, a segunda em Nova Iguaçu e a terceira em Queimados, ocorridas entre junho e setembro de 2020. Ao todo, foram subtraídos cerca de 150 mil litros, causando prejuízo de cerca de R$ 2 milhões. O MPRJ requer que os denunciados sejam condenados a pagar indenização no mesmo valor à Transpetro.