Dirija como uma mulher

Adolfo Konder - Foto: Divulgação/Palácio Guanabara

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Adolfo Konder*

Dados do Detran mostram que as mulheres cometem bem menos infrações e, por isso, recebem bem menos multa do que os homens. Nos autos em que se informa o gênero, em 2020, no Estado do Rio de Janeiro, foram registradas 580 mil infrações no nome delas contra mais de 1,6 milhão dos homens. Ou seja, as infrações registradas pra elas representam 36,25% das punições deles. E em 2019, 766,5 mil multas registradas para elas e mais de 2 milhões para eles.

Além disso, as mulheres são bem menos vitimadas do que os homens nos acidentes de trânsito. Segundo os registros, nos últimos três anos elas representaram cerca de 1/3 das vítimas. Em 2020, por exemplo, elas foram 26% do total dos envolvidos em acidentes, enquanto os homen, 66% das mais de 19 mil vítimas.

Da análise, pode-se concluir que a direção feminina é mais segura e cuidadosa do que a do homem. Para o Detran, o importante é analisar o porquê da questão ou o que envolve o resultado? Por isso estamos, nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, promovendo um seminário para abordar aspectos da vivência feminina que possam impactar na forma como elas dirigem.

O evento será realizado nesta sexta-feira, 12, via YouTube, e abordará os temas a Mulher e o Trânsito, a Saúde Emocional e a Segurança da Mulher. Será o encerramento das celebrações que estamos fazendo durante toda esta semana para mostrar o quanto estamos alinhados às causas femininas. Convidamos toda a população fluminense a assistir, pois o tema envolve a preservação da vida. A ação é uma parceria com o Museu do Amanhã.

A luta feminina é uma constante. Corroborando este pensamento, estamos homenageando várias mulheres do mundo do trânsito, entre elas, funcionárias do departamento. São mulheres que desempenham funções vitais para o órgão, como controladoras de contrato e examinadoras de provas práticas de direção.

Entre os nossos usuários escolhemos a motociclista Fernanda Faria para, em nome dela, homenagear todas as usuárias do Detran. Pois Fernanda se rebelou contra um machismo muito anacrônico para os nossos dias.

Fernanda criou um grupo de motociclistas mulheres porque os moto-clubes só permitem a entrada de mulheres, caso sejam companheiras dos titulares. A jaqueta também é ganha por intermédio dos namorados e maridos, e elas não têm direito a opinar nas questões que determinam a direção dos grupos. Ou seja, são coadjuvantes, caronas! Hoje, o grupo de Fernanda viaja em suas possantes Harley Davidson e outras similares de 500 cilindradas ou mais sem pedir autorização com ninguém. Para o Detran o que fica é: #dirijacomoumamulher.