Comércio lojista do Rio tem vendas negativas pelo 2º mês

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

As vendas do comércio lojista da capital fluminense caíram 6,5% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2020. É o segundo resultado negativo do ano. Em janeiro, a queda atingiu 15%. Os dados são de pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), divulgada ontem (15). A sondagem ouviu 750 estabelecimentos comerciais da cidade. As duas entidades, juntas, representam mais de 30 mil lojistas.

O presidente das duas entidades, Aldo Gonçalves, comentou que os números evidenciam que não houve ainda uma retomada da economia e o comércio sofre muito por conta do desemprego. "Está altíssimo o desemprego no Rio e no Brasil todo. E a queda do poder aquisitivo - há muitas pessoas trabalhando com salário parcial - impacta negativamente o comércio".

A pesquisa revela que todos os setores do Ramo Mole, que compreende os bens não duráveis, e também do Ramo Duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos em fevereiro. As maiores quedas no faturamento foram encontradas no Ramo Mole em calçados (-5,5%), confecções (-5,2%) e tecidos (-4,8% ) e no Ramo Duro (bens duráveis) em óticas (-6,8%), móveis (-5,5%), joias (-5,2%) e eletrodomésticos (-3,8%). As venda à prazo e à vista foram as registraram retrações de 3,8% e 3,5%, respectivamente, comparativamente com igual mês do ano passado.

Curto prazo - Aldo Gonçalves não vê possibilidade de reversão do quadro de queda das vendas no comércio no curto prazo. "Se houver uma recuperação, vai ser lenta e gradual. Enquanto não mudar esse cenário de desemprego, a situação ficará negativa. A pessoa sem trabalho e sem emprego não pode comprar, não pode consumir".

Nem o aumento da imunização da população anima o presidente do CDLRio e do SindilojasRio. "Para mudar, tem que ser com emprego. Não é a vacina que vai mudar isso", destacou.

É preciso, segundo Aldo, que o governo invista em infraestrutura e tenha uma política desenvolvimentista que crie empregos. "Isso é fundamental para a retomada da economia", sinalizou o executivo.