PANDEMIA E HISTÓRIA

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Dom José Francisco*

Essas foram as grandes pandemias da História.

A praga de Atenas, 429-426 a.C. A peste de Antonino, 165-180. A Peste de Justiniano, 541-544. A Peste Negra, 1346-1353. A Epidemia de Cocoliztli, México, 1545-1548 e 1576-1580. A Grande Praga de Milão, 1629-1631. A Grande Praga de Londres, 1664-1665. A Grande Praga de Marselha, 1720-1722. A Pandemia de cólera, século XIX. A Gripe Espanhola, 1918. A Gripe Asiática (vírus H2N2), 1956. A Gripe de Hong Kong (vírus H3N2), 1968-1970. A AIDS (HIV), 1981 até hoje. O Surto do SARS, 2002-2004. A Epidemia de Ebola, 2007 e 2013-2016.

Foram momentos de dor e isolamento, sem dúvida. Mas também de repensamento e de renovação. Foram momentos cruciais na história humana, quando os homens se sentiram responsáveis por si mesmos e pelos outros.

Esse, de agora, é o nosso momento. É importante levar em conta como seremos lembrados.

Novamente podemos nos perguntar: que tempo é este que estamos vivendo? A que podemos compará-lo? Podemos responder olhando apenas para o aspecto devastador desta crise que começou por ser sanitária, mas que rapidamente contaminou tantos outros âmbitos, tornando-se uma crise poliédrica: econômica, social, política, eclesial. Ou podemos olhar com horizonte mais amplo, fazendo uma leitura de fé e cheia de esperança na história, assim como Deus a faz. Esta hora, com todos os seus constrangimentos é uma rica oportunidade para renovar a nossa aliança com a vida. Este não é o momento para cair no desânimo, numa dolorosa indefinição, como que guardando as sementes na espera de condições melhores para semear. Pelo contrário, esse é um tempo bom para semear a esperança e apostar na confiança. É um chamado a darmos passos concretos em direção ao futuro, com o olhar atento para os bons exemplos que hoje estão diante dos nossos olhos.

Esse é um tempo que vai passar.