A força das pequenas empresas

Setor de serviços lidera a criação de empregos pelas micro e pequenas empresas. No comércio, foram 2,7 mil vagas - Foto: Clarildo Menezes/Divulgação

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Levantamento do Sebrae Rio com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que pelo nono mês seguido, as micro e pequenas empresas geraram mais empregos formais que as médias e grandes empresas do Estado do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre deste ano, mais de 28 mil vagas com carteira assinada foram criadas. No comparativo com os três primeiros meses do ano passado, os números mostram um resultado bem diferente. Naquele período foram fechadas mais de 41,7 mil vagas formais de trabalho.

"Na nossa última pesquisa, um dos pontos de preocupação dos empreendedores era manter o seu quadro de funcionários. A retomada da economia passa diretamente pelo apoio que as micro e pequenas empresas recebam para continuar gerando empregos e movimentando o poder de consumo. Apenas no mês de março, os pequenos negócios foram responsáveis por 71% dos empregos com carteira assinada no estado. O cenário parece promissor para os próximos meses, mas o rumo econômico vai depender do ritmo da vacinação em massa", explica Simone Moura, analista do Sebrae Rio.

O setor de serviços, um dos mais abalados pela pandemia, encabeça a criação de empregos pelas micro e pequenas empresas, tanto no mês de março, quanto no acumulado do ano. No primeiro trimestre, o setor de serviços liderou a geração de empregos formais com 13,7 mil. A indústria criou 7,5 mil vagas e o comércio abriu 2,7 mil novos postos de trabalho. Já as atividades que mais geraram vagas com carteira assinada foram comércio varejista de produtos farmacêuticos (849 vagas), construção de edifícios (795 vagas), hotéis (691 vagas), obras de montagem industrial (667 vagas) e minimercados e mercearias (645 vagas).

Em 2021, as micro e pequenas empresas de cinco municípios lideram a estatística de geração de empregos. A capital (7,5 mil empregos formais), seguido por Nova Friburgo (1,1 mil), Campos dos Goytacazes (1,1 mil ), Niterói (1 mil) e Nova Iguaçu (996 vagas)são as principais responsáveis por resultado positivo.

Negociações salariais - A maioria das negociações salariais no mês de abril não repôs a inflação, mostra o Boletim Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No período, 59,7% das negociações não repuseram a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O reajuste mediano ficou em 6%, enquanto a inflação ficou em 6,9%. Apenas 14% ficaram acima do INPC, representando um ganho real para as categorias.

O levantamento mostra ainda o piso médio em abril, que ficou em R$ 1.335. No cálculo anual, o valor médio é de R$ 1.319. E nos últimos 12 meses, de R$ 1.407.

Teletrabalho - Sobre as condições de teletrabalho, as negociações mostram avanço na autorregulamentação. Entre as cláusulas negociadas, 27% detalharam questões como equipamentos fornecidos pelo empregador. Em seguida, com 8,5%, estão questões relacionadas à prevenção e promoção da saúde ocupacional, ergonômica e mental.

Entre os benefícios concedidos, a ajuda de custo para manutenção do equipamento também ganhou relevância, com alta de 18,9% entre as cláusulas negociadas. Nos assuntos sindicais, a reivindicação de direitos idênticos aos dos trabalhadores presenciais teve alta de 7,4%.