Niterói terá banco de dados da violência contra a mulher

Sistema da Codim vai reunir dados de vários órgãos sobre esse tipo de crime - Foto: Divulgação Codim

Cidades
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A Coordenadoria de Políticas e Direitos da Mulher da Prefeitura de Niterói terá um sistema integrado de dados do atendimento às mulheres na cidade. A ferramenta será usada no mapeamento e diagnóstico da violência contra a mulher e vai reunir informações da Codim e das secretarias de Saúde, Assistência Social e Economia Solidária, Direitos Humanos e Ordem Pública, através da Guarda Municipal. O primeiro encontro intersetorial com as diferentes secretarias que formam a Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência foi realizado na segunda-feira (7), com o objetivo de estabelecer um Termo de Cooperação com as diretrizes de acolhimento.

O projeto do Sistema de Dados da Codim está sendo desenvolvido em parceria com a equipe do Sistema de Gestão de Geoinformação (SIGeo) da Prefeitura. A coordenadora de Políticas e Direitos das Mulheres, Fernanda Sixel, explica que o sistema digitalizado vai armazenar dados dos equipamentos da Sala Lilás e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) e, posteriormente, dos demais parceiros da Rede de Enfrentamento à Violência, tendo em vista que a violência contra mulher pode ser determinada de diversos atos, como psicológica, sexual, patrimonial e física.

"A nossa meta é que até o ano de 2022 possamos conseguir centralizar as informações e dar um raio-x para a sociedade civil da violência contra mulher em Niterói. Essa ferramenta será fundamental para o detalhamento e monitoramento dos dados junto aos órgãos municipais parceiros, a fim de que possamos justificar a implantação e expansão de nossas políticas públicas baseada nas evidências. Recentemente tivemos mais um caso de uma jovem que foi covardemente assassinada e teve a sua vida perdida. Não podemos deixar que ela seja apenas mais uma vítima de feminicídio em nosso país. Estamos trabalhando intensamente em projetos que protejam, de fato, as mulheres", afirma Fernanda.

A partir da criação do banco de dados, será possível fazer um levantamento e mapeamento da cidade que será publicado em 2022. O Dossiê Mulher é uma das metas da Coordenadoria.