Um lento e promissor renascer

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Charbel Tauil Rodrigues*

O Dia dos Pais que vem chegando está cercado de mais expectativas do que seria normal. É que no ano passado praticamente a data "não aconteceu", em meio a estabelecimentos fechados e um clima de pânico pelos riscos de contaminação pela covid-19. Agora é muito diferente, com os lojistas apostando no momento de esperança proporcionado pelo avanço da vacinação e pelos indicativos de um início da retomada econômica. Claro, ninguém está esperando um imediato estouro nas vendas, mas o fato é que o otimismo está gradualmente voltando ao horizonte de todos -- o que é ótimo.

Aqui e ali, os consumidores recomeçam a circular pelas calçadas e shoppings, olhando vitrines, entrando nas lojas, conferindo preços, prazos e modelos das mercadorias. O Comércio vive disto, depende disto, e está muito atento para não fazer nada que possa comprometer o retorno do público. Assim, a ideia é respeitar fielmente questões como a exigência do uso de máscaras, a manutenção do distanciamento social e a disponibilização de álcool líquido ou em gel. Somados à própria prática da higienização dos ambientes, esses cuidados deverão ser mantidos até que não mais reste nenhum risco de contaminação.

Mas voltemos ao nosso Dia dos Pais 2021. Segundo levantamento do Instituto Fecomércio RJ, cerca de 40% dos fluminenses devem comprar presentes em função da data, o equivalente a 5,6 milhões de pessoas, cada qual com um gasto médio de R$ 161,70, representando injeção financeira de R$ 901 milhões na economia do estado.

Quanto aos presentes preferidos este ano, o estudo do Instituto Fecomércio RJ apontou, em primeiro lugar, as roupas (52,5%); seguidas por calçados e acessórios (24,7%); perfumes ou cosméticos (18,5%); livros e Ebooks (8%), smartphones (8%); joias e relógios (7,4%) e computadores e tablets (2,5%).

O Instituto ainda destaca que itens de maior valor, como smartphones e relógios, por exemplo, tiveram sua intenção de compra dobrada em relação ao ano passado. Sobre onde vão adquirir esses itens, a sondagem identifica que os fluminenses estão divididos: 48,1% em lojas físicas, 24,1% em lojas online e 27,8% em ambas.

Em suma, finalmente o país começa a sair do pesadelo da pandemia e da recessão econômica. Não é o caso de dizer que estamos tranquilos, mas sim que o pior parece já ter passado. Aos poucos, Comércio e Serviços estão retornando às suas rotinas, e os empregos igualmente estão voltando. Trata-se de um processo de retomada, que -- não nos iludamos -- vai requerer tempo, persistência e muito trabalho de todos para que possa se tornar realidade.

Neste lento e promissor renascer, que tenhamos força, saúde e unidade redobrados. E um feliz Dia dos Pais!