Empresários criam associação para fortalecer as indústrias

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Hoje, a indústria responde por 24% da economia do Estado do Rio de Janeiro, sendo a segunda mais importante do país. Distribuídas por todas as regiões do Estado, estão 25 mil plantas industriais dos mais diversos portes: micro, pequenas, médias e grandes empresas, que empregam 580 mil funcionários com carteira assinada e possuem massa salarial de R? 33 bilhões ao ano, fazendo a roda da economia fluminense girar. Para fortalecer e estimular o processo de industrialização do Estado, foi criada a Rio Indústria, Associação de indústrias do Estado do Rio de Janeiro, que nasceu com o propósito de representar e harmonizar as necessidades e objetivos de diferentes setores industriais, incluindo o micro e pequeno empreendedor. A Rio Indústria é liderada por Sérgio Duarte, empresário do setor alimentício, e formada por empresários que atuam no mercado há mais de 20 anos.

"O setor industrial fluminense é competente e competitivo intramuros. O Rio de Janeiro é vocacionado para a atividade industrial. Possui uma grande cadeia de fábricas e fornecedores, bem como de mão de obra qualificada, e localização privilegiada, a 500 km de 50% do PIB nacional. A retomada do crescimento da indústria de transformação fluminense passa pelo aumento da competitividade interna, da melhoria da infraestrutura logística do estado, da capacidade de investimento do setor público, da qualidade e oferta de energia, da segurança e da redução da burocracia, das obrigações acessórias e da carga tributária", ressalta Sérgio Duarte.

Segundo o presidente da Rio Indústria, o Estado do Rio perdeu quase 20% de seu parque industrial nos últimos cinco anos, o que representou o fechamento de mais de três mil fábricas e a consequente perda de 100 mil postos de trabalho. O impacto no emprego foi amplificado pelo fechamento de 160 médias e grandes indústrias. "Se conseguíssemos atrair para o estado uma média ou grande indústria por mês, o que é um grande desafio em ambiente de pandemia, regime de recuperação fiscal e guerra fiscal entre estados, o Rio de Janeiro levaria mais de 13 anos para recuperar seu parque fabril. O desafio é grande, a caminhada é longa, mas a Rio Indústria vai atrás desse objetivo", promete Duarte.

Mas nesse momento de calamidade, tão importante quanto atrair é garantir a permanência das indústrias instaladas, através do aumento de sua competitividade para preservação do emprego e renda para a população e da atividade econômica e arrecadação para o estado, acredita o empresário. Para ele, a competitividade fluminense precisa ser revista em seus três pilares: custo de produção, ambiente de negócios e mercado consumidor.