Leis tentam barrar linguagem neutra

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Continuam em análise na Câmara dos Deputados propostas que proíbem a utilização de linguagem neutra por escolas públicas e privadas. Segundo a deputada Daniela do Waguinho (MDB-RJ), coautora de uma delas, o PL 2650/21, junto com a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), objetivo é proteger os estudantes da deturpação da língua portuguesa, já que a linguagem neutra usa outras vogais, símbolos ou consoantes que não identificam o feminino ou masculino nas palavras. Termos como "alune" (em vez de aluno ou aluna), "amigues" (em vez de amigos ou amigas) e "todes" (em vez de todos ou todas), entre outros exemplos.

Pedagoga e coordenadora na Região Sudeste da Frente Parlamentar da Primeira Infância, Daniela do Waguinho defende que as formas linguísticas consolidadas ao longo de séculos são um patrimônio de cada povo, e que a língua não evolui por processos artificiais.

Na justificativa do projeto de lei é destacado que a linguagem neutra tem sido utilizada por escolas em documentos e até mesmo na comunicação com os alunos.

"Uma língua é adquirida, é aprendida, não é inventada; e não é aceitável que essa ilegítima invenção seja reproduzida justamente no local onde os estudantes deveriam aprender a utilizar a Língua Portuguesa de acordo com as regras gramaticais", diz o texto do projeto da deputada.