Wagner Rosário nega omissão da CGU no caso Covaxin

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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, foi duramente criticado pelos senadores da CPI da Pandemia por suposta omissão diante das irregularidades na fracassada compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. No depoimento de ontem (21), marcado por confrontações acaloradas, o ministro defendeu sua atuação pessoal e a da CGU.

Na semana passada, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), havia afirmado que Rosário pode ter cometido prevaricação ao não mandar investigar suspeitas sobre o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, embora a CGU dispusesse de evidências colhidas em uma operação contra corrupção no Instituto Evandro Chagas, de pesquisa biomédica, em Belém.

Rosário refutou a acusação de prevaricação e alegou que a CGU abriu auditoria específica sobre o contrato no último dia 22 de junho. Para Omar Aziz, porém, a providência só foi tomada depois que a CPI expôs o caso:

"Eu quero saber que dia a CGU tomou providências! Quando a CGU abre procedimento, já era do conhecimento do Brasil todo. Eu só quero colocar as datas aqui para deixar claro, sem juízo de valor. Por enquanto!", afirmou o presidente da CPI.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou insistentemente por que razão a CGU considerou regular o contrato entre o ministério e a Precisa Medicamentos, representante da empresa indiana Bharat Biotech. A certa altura, Rosário alegou ter comparado preços pagos à Bharat em outros países. Renan apontou como "ridículo" o procedimento.

Diversos senadores, como Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), criticaram o tom do depoente, qualificado de "petulante" por Rogério Carvalho (PT-SE). Wagner Rosário chegou a ser advertido por Tasso Jereissati (PSDB-CE), no exercício da presidência, para "baixar a bola". (Agência Senado).