CPI: negacionismo revolta senadores

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As manifestações do empresário Otávio Oscar Fakhoury contra vacinas e uso de máscaras e o argumento de que seus vídeos contra as medidas sanitárias e o isolamento social se trataram de um direito à liberdade de expressão causaram protestos de senadores na CPI da Pandemia ontem (30). O posicionamento do depoente ao longo da reunião levou a intervenções de alguns parlamentares, que se mostraram preocupados com os impactos de notícias falsas no combate à pandemia de covid-19. Os senadores observaram que ele não tem conhecimento científico para tratar do tema, o que o próprio empresário admitiu.

"Isso não é liberdade de opinião. Quando a sua opinião compromete a saúde de todos, isso não é liberdade de opinião. Isso é crime", rebateu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após ouvir a fala de Fakhoury contra o uso de máscaras. 

Para Fakhoury, o uso de máscaras é desnecessário. Para ele, o fato de ter gravado vídeos e publicado mensagens em redes sociais sobre o assunto é também "uma simples manifestação de liberdade de opinião". 

Vacinas - Indagado sobre as vacinas, Fakhoury disse que até hoje elas estão em "caráter experimental" e, por isso, não podem ser obrigatórias, e por isso disse não ter a pretensão de se vacinar "por enquanto". Randolfe Rodrigues, mais tarde, observou que as vacinas aplicadas no Brasil passaram pela fase 3, ao contrário do que disse o depoente.

Em relação ao distanciamento social, o empresário se disse favorável ao "lockdown vertical", isolando-se o grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades.