SG: necessidades especiais assistidas

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Em um circuito de atividades físicas, Márcio Alexandre, de 43 anos, percorre os equipamentos desenvolvendo suas habilidades motoras e interagindo com os amigos ao redor. Ele é um dos 50 alunos matriculados no Centro de Inclusão Municipal Helen Keller (CIM), em Vila Lage, São Gonçalo, no Programa de Atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais (PAPNE). Portador de Síndrome de Down, Márcio Alexandre participa das aulas às quartas e sextas-feiras pela manhã.

O programa atende a pessoas com deficiência, em sua maioria intelectual, independente da idade e escolaridade, que participam da prática de atividade física regular adaptada, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida, bem como o acesso a uma política pública de educação, cultura, esporte, lazer e inclusão social. As atividades incluem basquete, vôlei, polichinelos, além de atividades com bola, pneus e bambolês.

"Aqui nós temos portadores de Síndrome de Down, Autismo, Síndrome Asperger, Paralisia, entre outras deficiências. O exercício é importante porque combate o sedentarismo, amplia as possibilidades motoras, além de estimular o desenvolvimento de relacionamentos interpessoais. Abre uma gama de possibilidades em termos sociais, físicos e motores", afirma o professor de Educação Física Ronaldo Aguiar.

Para a diretora do CIM, Ellem Coimbra, a prática de atividade física regular auxilia no desenvolvimento muscular e no desempenho das funções que são orientadas pelo sistema nervoso central, além de melhorar o funcionamento dos sistemas respiratório e circulatório evitando doenças.

"São jovens que, na maioria das vezes, estão afastados da escola e/ou atingiram a idade da educação de jovens e adultos. Através de atividades propostas, trabalhamos valores individuais e coletivos, visando à melhoria da qualidade de vida dessas pessoas com deficiência, na maioria das vezes, intelectual", explica a diretora do CIM, Ellem Coimbra.

Helena Nunes, mãe de Márcio Alexandre, entende que o programa é essencial para o desenvolvimento do filho. Segundo ela, ele conseguiu interagir mais, conversar com pessoas diferentes, além de ser um exercício físico importante para evitar a obesidade.

"Aqui ele desenvolveu a coordenação motora, a interação social, a vida dele é isso aqui. O médico disse para mim que meu filho não ia falar nem andar, mas eu fiz de tudo e consegui. Hoje em dia meu filho anda, fala e é muito inteligente", conta Helena Nunes.