Rebeca Costa: atitude e estilo que não se mede por tamanho

Quem vê Rebeca Costa, de 28 anos, medindo apenas 1 metro e 20 centímetros, não acredita nas coisas grandiosas que ela faz. Com nanismo do tipo acondroplastia e hidrocefalia, a niteroiense encara a vida como um desafio diário. Filha de pais com estatura normal, é a caçula de três irmãs, as outras sem a deficiência. "Desde sempre fui influenciada pelos meus pais a embarcar em busca dos meus sonhos e a motivar as pessoas com o que arde no meu coração. Nunca deixei que me diminuíssem por causa dos meus poucos centímetros de altura", conta.

Vaidosa, Rebeca criou o perfil "looklittle", no Instagram, que surgiu com o intuito de levar autoestima às pessoas com ou sem deficiência e de mostrar o nanismo de forma positiva com foco na melhoria e troca de informação, sendo a primeira influencer com nanismo a fazer e motivar outras meninas. Hoje ela promove alguns debates sobre nanismo e a visão da sociedade sobre essas pessoas. Mesmo que seja um desafio complicado, Rebeca acredita que a mudança vem de gota em gota, coração em coração. Este mês é importantíssimo para falar sobre este assunto pois é o mês de conscientização e combate ao preconceito às pessoas com nanismo.

Com quase 85 mil seguidores e selo de conta verificada, a página foi influenciada por amigos que queriam saber como ela adaptava suas roupas, já que pessoas com nanismo sempre tiveram a fama de usufruir roupas infantis.

"Eu quero derrubar esse mito, pois precisamos ser enxergados pelo mundo da moda, uma vez que o nosso maior problema neste segmento são braços e pernas curtas e pés pequenos. O resto é de adulto".

Com a ajuda dos pais, seus maiores incentivadores, a modelo elabora adaptações, mostra como transformar blusa de meia manga em manga comprida, por exemplo, e dá dicas de onde conseguir sapatos da sua numeração, melhores lojas e fabricantes. O diário virtual conta também o dia a dia da blogueira e dá dicas de maquiagens. Tanto sucesso nas redes já levou Rebeca às passarelas da São Paulo Fashion Week, em 2019.

"Passei a fazer vídeos de estímulos diante dos comentários de carinho que recebo. Meu objetivo é levar o que mais o mundo está precisando. E mostrar que preconceitos só há quando queremos, porque quando revidamos com o que temos melhor, que é o amor, o mundo vai pra frente.
O nanismo é um detalhe", reforça.