Preços do arroz e do feijão podem variar até 37% e 35%

Procon conferiu os preços dos produtos. Niterói apresentou a menor variação no valor do arroz na Região Metropolitana - Foto: Divulgação

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O Procon Estadual do Rio de Janeiro fez levantamento de preços de produtos que são base da alimentação brasileira. A pesquisa foi solicitada pela Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor para monitorar os valores do arroz e feijão, a fim de apurar se a isenção de ICMS concedida pelo estado sobre a circulação destes dois alimentos irá trazer redução de preço ao consumidor. Os fiscais identificaram variação de até 37% no arroz e de até 35% no feijão, quando comparado o produto de igual marca em diversos supermercados do mesmo município.

"A lei foi sancionada justamente para ajudar os mais necessitados. Solicitei ao Procon-RJ que fizesse essa pesquisa para podermos realizar o monitoramento e acompanhar se o desconto do ICMS de fato chegará até os consumidores e também estimular a concorrência entre os fornecedores", afirmou Léo Vieira, secretário estadual de Defesa do Consumidor.

Óleo de soja, leite, ovos, açúcar, sal, fubá, macarrão, farinha de trigo e farinha de mandioca também foram pesquisados em 11 municípios das regiões Metropolitana, Serrana, da Costa Verde, dos Lagos, Norte e Sul Fluminense. Foram coletados valores em 34 estabelecimentos nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis, Magé, Macaé, Campos dos Goytacazes, Barra do Piraí, Mangaratiba, Cabo Frio e Nova Friburgo. A pesquisa e análise dos preços foram realizadas entre 20 e 29 de outubro.

O presidente do Procon-RJ alerta que, apesar de a lei estadual 9391/21 ter entrado em vigor no dia 2/9, os efeitos da isenção incidirão a partir do primeiro dia de novembro, conforme regulamentado por decreto.

"Os levantamentos de preços realizados em outubro, juntamente com o que já havia sido feito em agosto, são muito importantes para o monitoramento dos valores. No mês de novembro outra pesquisa será realizada, para verificar se o desconto do ICMS de fato será repassado aos cidadãos. Os consumidores poderão usar a pesquisa atual como base para saber onde comprar mais barato. O levantamento de preços mostra que, se o consumidor pesquisar, vai conseguir economizar - observou Cássio Coelho.

Região Metropolitana - Na capital, os servidores identificaram a maior variação de preço de arroz de todo o estado. O mesmo produto de 1 kg foi encontrado por R$ 5,12 e R$ 6,99, uma oscilação de 37%. Enquanto o feijão era vendido a R$ 8,19 e R$ 6,79, com diferença de 21%.

Em Magé, o mesmo arroz de 5 kg chegou a custar R$ 37,49 em um supermercado e R$ 29,98 em outro, ou seja, o consumidor economizaria R$ 7,51 se fizesse as compras em estabelecimentos distintos. O feijão também teve variação significativa de preço, de até 18%.

Nos municípios da Baixada, os moradores de Nilópolis podem pagar até 30% mais caro pelo arroz e 22% pelo feijão. Já os moradores de Nova Iguaçu poderão economizar até 20% no arroz e perceberão uma diferença menor no preço do feijão, de 6%, com valores entre R$ 9,49 e R$ 8,99.

A oscilação do preço do feijão em Niterói foi a mesma que em Nova Iguaçu. O arroz vendido no município variou no máximo 18%, sendo a cidade que teve a menor alteração de preço do produto na Região Metropolitana.

Norte Fluminense - Entre as duas cidades do Norte Fluminense pesquisadas, Campos dos Goytacazes é o município que o consumidor precisa ficar mais atento em relação aos preços. Os agentes constataram variação de mais de 30% tanto no arroz, quanto no feijão. O mesmo arroz de 1 kg custa R$ 4,79 em um estabelecimento e R$ 6,39 em outro. Oscilação ainda maior foi identificada no feijão, custando entre R$ 7,79 e R$ 10,49, com variação de até 35%.

Já em Macaé, a diferença entre os valores cobrados por uma igual marca de arroz chegou a até 21% - entre R$ 6,79 e R$ 8,19-, enquanto pelo feijão, 16%, R$ 7,95 em um supermercado e R$ 9,19 num outro.

Sul Fluminense - Em Barra do Piraí, os agentes identificaram pequena variação no valor cobrado pelo arroz e pelo feijão, que foi de no máximo 3% no primeiro e 5% no segundo. A diferença de preço cobrada entre os supermercados pelo arroz de 1 kg foi de R$ 0,11. Já o feijão é vendido por R$ 7,98 em um estabelecimento e por R$ 8,39 no concorrente..