Niterói lança Moeda Arariboia

O prefeito de Niterói, Axel Grael, e o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, durante evento de lançamento do benefício - Foto: Divulgação

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A Prefeitura de Niterói lançou, na noite de segunda (13), a Moeda Social Arariboia, um programa de transferência de renda permanente que vai injetar aproximadamente R$ 70 milhões por ano na economia da cidade. A data é uma homenagem ao dia da Economia Solidária, comemorado no dia 15 de dezembro. A Moeda Social Arariboia será gerida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária e, além do benefício que será pago às 27 mil famílias em vulnerabilidade social, busca ampliar a geração de novos empregos e renda dos comerciantes, empreendedores e prestadores de serviços cadastrados com a circulação da moeda por toda a cidade. Os cartões serão entregues em janeiro, com previsão do primeiro pagamento para o mesmo mês.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou que o programa vai transformar a vida de muitas pessoas.

"Hoje é um daqueles dias que fazem a gente sentir orgulho de ser servidor público. Estamos implantando um programa que vai mudar a vida das pessoas. Temos uma gestão preocupada e que olha pela cidade em todos os campos. Em 2020, com a pandemia, criamos uma solução temporária e agora entregamos a Niterói uma política pública com a importância e eficiência que uma moeda social pode ter e que traz uma retomada inclusiva. Estamos trabalhando com o sonho de transformação, de justiça social, de sustentabilidade e de fazer, na nossa cidade, um lugar de gente feliz", declarou o prefeito.

Segundo Axel Grael, a Moeda Social vai substituir o programa Renda Básica Temporária, que foi criado de forma essencial, mas emergencial, e que permitia que o recurso fosse gasto em grandes comércios. "O novo projeto vai beneficiar a rede local, trazendo um benefício mais consistente para toda comunidade", disse o prefeito.

A Moeda Social Arariboia faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Niterói, instituído pela Lei Nº 3621, que tem como objetivos principais combater as desigualdades sociais, fomentar o desenvolvimento econômico e social das comunidades e estabelecer meios para atingir a erradicação da pobreza e a geração de emprego e renda para as camadas mais carentes do município, complementando a Política Municipal de Economia Popular Solidária. Até o momento, o programa integra 80 pessoas empregadas na viabilização e no credenciamento de comerciantes.

Criador da Lei 10.835/04, que institui no país a Renda Básica de Cidadania, o economista, vereador e ex-senador Eduardo Suplicy destacou que a cidade de Niterói está caminhando na direção certa que coloca em prática o direito à renda para todas as pessoas.

"A cidade está dando exemplo para outras que precisam implantar e aplicar a lei. A maior vantagem de um programa como esse é dar dignidade e liberdade ao ser humano. O dia que as pessoas tiverem o direito a uma renda que satisfaça suas necessidades mínimas, elas não precisarão aceitar outras opções que lhes tirem a dignidade", afirmou Suplicy.

O secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Elton Teixeira, enfatizou que o programa veio com um propósito voltado para a geração de renda da população mais vulnerável.

"Desde 2013, Niterói entrou em outro ciclo, olhando pelos que mais precisam e se tornando uma cidade mais inclusiva. Sabemos que a pobreza, no Brasil, triplicou em seis meses e esse programa vai ajudar e muito no desenvolvimento econômico e social do município. Serão 27 mil famílias beneficiadas, com alcance de mais de 63 mil pessoas que vivem na pobreza ou extrema pobreza. O programa, além de ser um auxílio às pessoas mais simples, também vai aquecer o comércio local, gerando emprego e renda. A moeda social é um programa permanente, que integra uma série de ações da prefeitura de combate à pobreza extrema", explicou o secretário.

Com esse investimento feito pela Prefeitura de Niterói no programa, ganham as famílias que precisam de ajuda financeira e também os quase 2 mil comerciantes cadastrados em setores de alimentação, beleza, vestuário, mercearia, obras, transporte e outros.