GNV: perspectiva de aumento preocupa revendedores no RJ

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Diante da perspectiva de aumento em torno de 50% na tarifa do gás natural em todo o estado do Rio, a partir de 1° de janeiro, as diretorias dos sindicatos de combustíveis da Capital e do interior reuniram-se com o Governo do Estado. Representantes dos postos foram recebidos na sede da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), pelo presidente da agência, Rafael Menezes, e depois foram ao encontro do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah. O deputado estadual André Corrêa(DEM) articulou as duas agendas no início da semana e conduziu o grupo.

Preocupados com aumento anunciado pela concessionária Naturgy e seus desdobramentos, tanto para a revenda quanto para o público consumidor, diretores do Sindestado-RJ (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência, com atuação estadual) e Sindicomb(Sindicato dos
Postos Revendedores do Município do Rio) buscaram apoio parlamentar na Alerj junto ao deputado André Corrêa para, juntos, tentarem reverter a situação.

Os revendedores temem o colapso nas vendas do combustível que integra o programa de transferência de renda do cidadão fluminense, com impacto direto para taxistas, motoristas de aplicativos e para toda a cadeia do gás no Estado. Como se sabe, o estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de gás natural do país, e também o maior consumidor veicular do insumo.

Durante a reunião na Agenersa, o presidente Rafael Meneses informou que a agência reguladora "vem acompanhando o caso e que temos noção da importância que isso (o aumento anunciado) pode causar em diversos setores da sociedade", ressaltou. Menezes informou que o assunto irá constar na pauta da última sessão regulatória da agência, agendada para 28 de dezembro.

Rafael Menezes concordou que o reflexo do reajuste é importante, e que pretende analisar todas as manifestações técnicas. Pelos cálculos da Agenersa, com o reajuste, o preço final do metro cúbico do GNV nos postos de combustíveis pode ficar entre R$ 5,90 e R$ 6,20.

André Corrêa entende que a possibilidade de aumento como "absurda": "O reajuste afetaria não só os motoristas, incluindo taxistas e motoristas de aplicativos, mas prejudicaria o fornecimento de gás à indústria e ao comércio, além de penalizar milhares de famílias que recebem o gás encanado em suas residências", enumerou o deputado, que avalia que o aumento pode ter como consequência o colapso na economia fluminense.