Taxa de transmissão aumenta

De acordo com o registro, 100 pessoas infectadas com o vírus transmitem atualmente para outras 178 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ao contrário do que muita gente pensa, a pandemia do coronavírus ainda precisa ser tratada com muita cautela. De acordo com uma pesquisa do Imperial College de Londres, a taxa de transmissão da covid-19 no Brasil subiu para 1,78 esta semana. Esse é o registro mais alto do país desde julho de 2020. Na semana passada, o índice havia ficado em 1,35.

O Imperial College ficou sem calcular o índice para o Brasil desde meados de dezembro de 2021, por conta do apagão de dados no Ministério da Saúde.

O número de 1,78 significa que cada 100 pessoas infectadas com o vírus transmitem para outras 178. Essa taxa pode ser maior (de até 1,94) ou menor (de 1,61) pela margem de erro. Nessa realidade, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 194 ou 161, nessa ordem.

Vale lembrar que na última segunda-feira (24) o país registrou 90.509 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.134.946 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 150.236, se tornando a maior marca registrada até aqui, sétimo recorde seguido.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou mais 267 mortes pelo coronavírus, totalizando 623.412 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 307, maior registrada desde 31 de outubro.

Taxa de mortes em idosos - A taxa de vítimas de covid-19 a cada 100 mil habitantes entre idosos com vacinação incompleta é 27 vezes maior que a dos idosos vacinados com todo o esquema de doses, segundo o boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira (24) pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

A diferença foi destacada na reunião do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura do Rio, realizada na segunda, entre os indicadores de que a vacinação vem cumprindo seu objetivo principal, que é a redução de casos graves, hospitalizações e óbitos.

O boletim mostra que, entre os idosos que receberam a dose de reforço, houve 2,9 mortes a cada 100 mil habitantes na cidade do Rio de Janeiro, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

A taxa sobe para 16,2 vítimas a cada 100 mil habitantes entre os idosos que receberam duas doses ou dose única sem a dose de reforço, e chega a 78 mortes por 100 mil habitantes quando são considerados aqueles que não receberam nenhuma dose ou não chegaram à segunda dose.

A Secretaria Municipal de Saúde também informa a relação entre a vacinação e as internações de idosos: entre os não vacinados ou com vacinação incompleta, a taxa de internações por 100 mil habitantes foi 17 vezes maior que entre os imunizados com todas as doses recomendadas.

Foram registradas 24,9 internações de idosos a cada 100 mil habitantes entre os vacinados, enquanto, entre os não vacinados, a taxa atinge 429,3 por 100 mil. As internações dos que não tomaram a dose de reforço mas receberam as doses interiores foi de 68,9 internações a cada 100 mil.

Adolescentes e adultos - O boletim também fez uma análise da mortalidade e das taxas de internações entre pessoas de 12 a 59 anos. Entre esse público, não foi registrada nenhuma morte entre os vacinados com esquema completo e reforço no período analisado. Já entre os não vacinados ou com imunização incompleta, a mortalidade foi de 1,8 vítima a cada 100 mil habitantes.

A frequência de internações entre os não vacinados foi dez vezes maior que entre os vacinados. Segundo o boletim, foram registradas 17,5 internações de adultos e adolescentes não imunizados a cada 100 mil habitantes. Já entre os totalmente vacinados, a taxa de internações foi de 1,77 a cada 100 mil.

Assim como entre os idosos, a vacinação sem a dose de reforço na população de 12 a 59 anos reduziu as mortes e internações quando comparada à mesma faixa etária sem vacinação, mas não conferiu a mesma proteção que a imunização com dose de
reforço.

Foram contabilizadas 5,37 internações e 0,4 óbitos a cada 100 mil habitantes entre a população que se vacinou mas não recebeu a dose de reforço.