PM que matou vendedor de balas em Niterói está preso

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O sargento da Polícia Militar Carlos Arnaud Silva Júnior, acusado de matar o vendedor de balas Hiago Macedo de Oliveira Bastos, de 22 anos, está preso. Ele foi levado, na tarde de segunda-feira (14), para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), em Niterói. A morte ocorreu na Praça Arariboia, em frente à Estação das Barcas do centro da cidade.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que, segundo a delegacia, o PM "responderá por homicídio doloso qualificado por motivo fútil", que é quando o autor tem intenção de matar.

A Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) disse que a 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) acompanha os trâmites do caso e instaurou inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias do crime. A Polícia Militar manteve a alegação de que o policial estava de folga e reagiu a uma tentativa de roubo em frente à Estação das Barcas. "O militar interveio na ação e um dos envolvidos teria investido contra sua integridade, sendo atingido por disparo de arma de fogo. O ferido não resistiu."

Enterro - O corpo de Hiago Bastos foi enterrado na tarde de ontem (15), no Cemitério do Maruí, no bairro do Barreto, na Zona Norte de Niterói.

Protesto - Ontem houve novo protesto contra a morte do vendedor de balas Hiago Bastos. O ato foi realizado no local do crime, em frente à estação das barcas, no início da tarde.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem e carregavam cartazes pedindo Justiça. Quem tentava comprar bilhete para a travessia Niterói-Rio, de forma física, para embarcar nas barcas, também era impedido.

O policiamento foi mais uma vez reforçado na região.

Injúria racial - A Polícia Civil abriu inquérito para investigar denúncia de injúria racial ocorrida numa clínica veterinária da Prefeitura do Rio. O alvo foi foi a recepcionista Thauanny Carla dos Santos, que trabalha no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, Zona Norte da cidade.

Segundo a vítima, o acusado, Valdir Moreira, de 56 anos, chegou ao local sem o animal e solicitou uma senha, o que foi negado. Posteriormente, ele teria voltado com o bicho e tentou furar fila. "Eu continuei a fila, não podia parar por causa dele se não iria congestionar. Ele perguntou por que eu deu a senha 52 para senhora que estava atrás dele. Ele arrancou a senha da mão mulher, começou a me xingar e perguntou se eu não estava vendo o animal. Eu pedi respeito e o senhor saiu andando. Foi neste momento que ele gritou 'essa crioula fedorenta', contou a recepcionista.

O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).