Godoy nega ter participado de reuniões com pastores

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O ministro da Educação, Victor Godoy, disse nesta quarta (11) que não participou das agendas da pasta com os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, nas quais os religiosos são acusados de terem cobrado propina de prefeitos em troca de viabilizar demandas dos municípios junto a pasta.

Em audiência pública nas comissões de Educação e de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, Godoy destacou que as únicas vezes em que participou de eventos com as presenças dos pastores foi a convite do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, para compor a mesa de abertura.

"Todos os três eventos em que participei nessa qualidade foram realizados no auditório do Ministério da Educação. Não participei de nenhum dos outros seis eventos realizados com a presença desses pastores. Os assuntos tratados por eles e o ex-ministro da Educação, não eram de meu conhecimento", acrescentou.

Em sua exposição inicial aos deputados, Victor Godoy também defendeu seu antecessor, que deixou a pasta em março, após as denúncias terem sido publicadas pela imprensa. "Quero aqui testemunhar que o ex-ministro da Educação [Milton Ribeiro], durante 1 ano e 8 meses que trabalhou comigo, nunca solicitou ou impôs que eu realizasse qualquer ato em desacordo com a legislação pátria.", disse.

Sobre como a pasta tratou as denúncias, o ministro, que é servidor de carreira da Controladoria-Geral da União (CGU) e auditou diversos órgãos da pasta por 4 anos, antes de ir para o MEC, disse que assim
que tomou conhecimento das denúncias sugeriu a Milton Ribeiro ações para que fossem investigadas pela CGU.

Confirmado como ministro da pasta no final de março, Victor Godoy esclareceu ainda que tão logo saiu da secretária-executiva para atuar como ministro da Educação interino, determinou o levantamento de informações a respeito das denúncias e encaminhou resultados à CGU para auxiliar os trabalhos investigativos.

O ministro destacou ainda que colabora com todas as investigações dos órgãos de controle e trabalhou no sentido de fortalecer os mecanismos de integridade do FNDE. Apesar disso, lembrou que a autarquia federal goza de autonomia administrativa, orçamentária e financeira, "não respondendo ao ministro da Educação por seus atos praticados".

Aos deputados, o ministro da Educação ressaltou que sempre se pautou no combate a qualquer prática ilícita. "Reforço meu compromisso, perante toda a sociedade brasileira, de colaborar com as investigações para que todas as suspeitas sejam esclarecidas. Durante minha gestão a frente do MEC, não serei leniente com qualquer irregularidade.