Farmácia alerta para a automedicação

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O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) faz uma alerta sobre os perigos da automedicação, após pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), por meio do Instituto Datafolha, apontar o crescimento do número de pessoas que adotam a prática. O levantamento constatou que a automedicação é um hábito comum a 89% dos brasileiros. No Rio de Janeiro, esse índice alcança 88%, apenas 1% abaixo da média nacional. De acordo com o estudo, os principais medicamentos usados por conta própria no estado são: analgésicos (63%), antigripais (45%), relaxantes musculares (38%) e antitérmicos (29%).

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ), Camilo Carvalho, o resultado dimensiona a gravidade de um problema que já era de conhecimento de todos.

"Todo medicamento trazem riscos, mesmo quando utilizado de forma correta. O seu consumo de forma racional visa obter o maior benefício e reduzir possíveis efeitos prejudiciais. O CRF-RJ trabalha incansavelmente para mudar essa cultura, que é uma das principais causas de intoxicação no estado. Por isso, alertamos à sociedade sobre a gravidade desta prática. Além disso, estamos dialogando com a classe farmacêutica, porque precisamos orientar a população, sobretudo quanto ao uso indiscriminado e os riscos à saúde", pondera o presidente do CRF-RJ.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 12 de abril de 2022, e o Datafolha entrevistou 2.099 pessoas, em 151 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento constatou também o crescimento da digitalização da Saúde. Segundo dados da pesquisa, 24% dos brasileiros fazem uso de aplicativos e outros recursos da telemedicina, tais como consulta online - aquela feita a distância - e prescrição digital em farmácias e drogarias. O estado do Rio de Janeiro supera a média nacional alcançando o índice
de 27%.

O levantamento traz outro dado preocupante: cerca de 54% dos entrevistados no Rio de Janeiro declararam consultar o Google para entender os sintomas de saúde antes de se automedicarem. O índice do estado é maior do que a média nacional que é e 51%. Diante disso, Camilo destaca ainda que não basta conhecer os sintomas para assegurar um tratamento eficaz e seguro.