Governo do Estado deverá reassumir Linha Vermelha

A Linha Vermelha sai de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, e chega até a Rodovia Presidente Dutra, na altura da Baixada - Foto: Divulgação

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Quinze anos depois de passar para a Prefeitura do Rio, a Linha Vermelha, uma das principais vias expressas do estado, importante ligação entre a capital e a Baixada Fluminense, deve voltar a ser administrada pelo governo estadual.

Uma reunião ontem, entre o ex-prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos (Solidariedade), e o governador Cláudio Castro (PL), no Palácio Guanabara, teria selado o acordo, informou o ex-prefeito de Meriti. Inconformado com a falta de manutenção, Sandro fez o pedido de estadualização da via, no que, segundo ele, foi imediatamente aceito pelo governador.

"Esse importante corredor, especialmente para as cidades da Baixada, não pode continuar largado do jeito que está. A Prefeitura cuida, e mal, até o trecho da Ilha do Governador, claro, pois é sua jurisdição. Passou dali, é um abandono só", reclamou o ex-prefeito meritiense.

Segundo ele, no encontro, o governador disse que já estava pensando em reaver a gestão da Linha Vermelha, para que possa cuidar da manutenção de forma mais efetiva. Ele admitiu que a situação do recapeamento e da iluminação é a mais precária hoje, e revelou que iria conversar com o prefeito Eduardo Paes com intuito de retomar a administração da via.

"A Linha ela é estadual, inclusive a conta de luz de lá quem paga somos nós, através do DER. Então, natural que ela volte para o estado, que hoje conta com mais condições financeiras de fazer uma boa manutenção e melhorar as condições da via", disse o governador.

A Linha Vermelha possui 21 quilômetros e corta três cidades (Rio, Caxias e São João de Meriti). Ela sai de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, e chega até a Rodovia Presidente Dutra, na altura da Baixada. Sem manutenção por parte da Prefeitura do Rio, ao longo dos últimos anos ela vem sofrendo com o abandono. Buracos estão por toda a parte, a iluminação não existe em longos trechos, bem como placas de sinalização. Com isso, são comuns na via expressa os casos de veículos danificados e, pior, de assaltos e todo o tipo de crime, lembra Sandro Matos.