Rio: 100 mil novos empregos e menor taxa de desemprego

Boletim econômico aponta que entre janeiro de 2021 até março deste ano, cidade se recuperou - Foto: Agência Brasília

Rio de Janeiro
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O número de pessoas sem trabalho no Rio, desde os que estão procurando, passando pelos que desistiram (desalentados) até os que não podem ter uma ocupação (por saúde, estudo, etc) recuou 6,7 pontos percentuais (p.p.) no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, chegando a 14,7%.

A informação consta na quinta edição do ano do Boletim Econômico do Rio, publicação mensal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) feita com base em dados da Pnad Contínua do IBGE.

"Todas as medidas que tomamos desde o início da gestão foram para aumentar os investimentos e a geração de empregos na cidade. Recuperamos todos os postos de trabalho perdidos na pandemia e seguimos trabalhando para diminuir ainda mais a taxa de desemprego. Ainda temos muitos desafios pela frente, mas os números mostram que estamos no caminho certo para a robusta recuperação da nossa economia." explica o secretário Thiago Dias.

A chamada "taxa de desemprego ampliada" é diferente da taxa de desemprego divulgada com mais frequência por incluir não só quem está procurando emprego ativamente (formalmente chamados de "desempregados"), mas também englobando os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e indisponíveis para trabalhar, por diversos motivos (estudo, gravidez, saúde, local do trabalho longe de casa, etc).

A taxa de desemprego ampliada está 1,6 p.p. abaixo do primeiro trimestre de 2020. Ou seja, está em níveis mais baixos do que há dois anos. E praticamente no mesmo patamar do final de 2019 (14,5%).

100 mil novos empregos - O mercado de trabalho formal no Município do Rio gerou 4,9 mil novos empregos formais em março de 2022, sendo a maior parte no setor de serviços, principal segmento da economia carioca. Entre janeiro de 2021 até março de 2022 (15 meses), o Rio ultrapassou a simbólica marca dos 100 mil empregos, com a geração de 103,8 mil novos postos de trabalho, com um fortalecimento a partir do segundo semestre do ano passado, com a aceleração da vacinação. Desse total, 78,8% foram no setor de serviços, 9,2% de comércio, 7,3% da construção e 4,7% da
indústria.

Considerando os empregos formais e informais, a taxa de desemprego do Rio recuou 4,5 p.p. entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2021, passando de 16,3% para 11,9%. A taxa de desemprego carioca está 1,3 p.p. abaixo do primeiro trimestre de 2020, pré-pandemia.

Nos últimos 12 meses terminados em março de 2022, o Indicador de Atividade Econômica do Rio (IAE-Rio), desenvolvido pela SMDEIS, apresentou um crescimento, em termos reais, de 5,2%, mostrando a recuperação da economia carioca ao longo dos últimos meses. A taxa de inflação no Rio nos últimos 12 meses terminados em abril de 2022 foi de 11,9%, próximo da inflação brasileira (12,1%).

Brasil - Em abril, o Brasil criou 196.966 novos empregos formais. O saldo é resultante de um total de 1.854.557 admissões e de 1.657.591 desligamentos. Com isso, os trabalhadores celetistas no país estavam, naquele mês, em 41.448.948 vínculos, o que, segundo dados do balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados ontem (6), representa uma alta de 0,48% na comparação com o mês anterior.

De acordo com o Novo Caged, no acumulado de 2022 o saldo está em 770.593 empregos, número que decorre de um total de 7.715.322 admissões e de 6.944.729 desligamentos. Este saldo é 3,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo, esse saldo negativo "é testemunho de maior base; de um maior estoque de empregos, portanto é natural que o percentual de crescimento diminua ao longo do tempo", disse ao comentar que, no cenário de 2022, "não há expectativa de que se gere o mesmo número de empregos do ano passado, quando foram gerados mais de 2 milhões de empregos.