Ampliada parceria com Google para alertas sobre desastres

Novos avisos serão passados, entre eles vendaval, deslizamento, chuva intensa e rompimento de barragem - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em parceria com o Google, anunciou ontem (7) a ampliação da ferramenta de emissão de alertas sobre desastres naturais no Brasil. A iniciativa é da Defesa Civil Nacional, por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). A parceria da Defesa Civil Nacional com o Google na emissão de alertas públicos ocorre desde 2015, especificamente para avisos sobre alagamentos e inundações. Agora, foram disponibilizados sete novos tipos de alerta: enxurrada, deslizamento de solo, incêndio florestal, vendaval, granizo, chuva intensa e rompimento de barragem.

Os alertas do Google são acionados quando o parceiro, no caso o Cenad ou outro órgão público - como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) -, envia um novo aviso de possível desastre natural de grau moderado ou severo. Com isso, a informação fica disponível no topo da busca que o usuário faz sobre o assunto na plataforma. O alerta também é disponibilizado no aplicativo Google Mapas e, se quiser, o usuário pode acionar notificações pelo celular para receber os avisos. Se acessar o Google Mapas em uma área de risco, o usuário também será alertado da ocorrência.

"A gente espera que, com essa expansão da parceria, possamos contribuir ainda para os esforços da Defesa Civil na distribuição de informação qualificada para a população e ajudar que mais pessoas sejam assistidas e que possamos salvar mais vidas", afirmou Luísa Phebo, gerente de parcerias do buscador do Google na América Latina.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, explicou que o maior desafio atualmente não é gerar informação sobre alertas, mas fazer com que as pessoas tenham percepção dos riscos e adotem uma mudança de comportamento que possibilite a autoproteção e a proteção comunitária.

"Um parceiro como o Google informando em tempo real, em todas as suas ferramentas possíveis, essas situações [desastres naturais] faz com que essa percepção do risco, esse raciocínio de autoproteção e proteção comunitária, seja continuamente estimulado".

Os alertas são disponibilizados por meio de um cadastro na Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), em que as defesas civis estaduais e municipais podem enviar diversos avisos por meio de SMS, Telegram, TV por assinatura e pelo Google.

Frio no Sul e Sudeste - O inverno começa no dia 21 deste mês, mas, antes disso, as temperaturas voltam a cair no país, informou a meteorologista Marlene Leal, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo Marlene, um novo sistema frontal em formação sobre a Região Sul, associado a uma área de baixa pressão no litoral sul, vai avançar com ar um pouco mais frio por quatro estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

O sistema frontal também vai influenciar o tempo no próximo fim de semana no Rio de Janeiro, onde a previsão será de tempo fechado com maiores acumulados de chuva, principalmente na capital. As temperaturas baixas e a chuva já começam na noite de quinta-feira (9) e continuam no sábado e no domingo (11 e 12).

"A parte de maior intensidade do sistema ciclônico avançará rapidamente para o oceano, mesmo assim deixando o litoral do sul e do sudeste bastante agitado", disse a meteorologista.

De acordo com Marlene Leal, parte das regiões Norte e Nordeste ainda terão chuvas intensas e há sinal de alerta para alguns estados. "O leste da Região Nordeste [estará] com grandes acumulados de chuva, aviso vermelho, no norte de Alagoas e sudeste de Pernambuco."

Para o litoral norte de Santa Catarina e o litoral do Paraná, a previsão é de chuva intensa. No interior do país, é esperada uma massa de ar seco, "com maior intensidade no noroeste de Minas Gerais".

No último fim de semana, outro sistema frontal que passou pelas regiões Sul e Sudeste causou chuva fraca, porém contínua, e queda acentuada na temperatura.