Maricá suspende aplicação da segunda dose da Coronavac

Doses da vacina recebidas do Ministério da Saúde foram insuficientes para atender a aproximadamente 5 mil pessoas - Foto: Mauricio Bazílio/Governo do Rio

Maricá
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As 2.070 doses da vacina Coronavac recebidas do Ministério da Saúde no último sábado (8) foram insuficientes para atender a aproximadamente 5.000 pessoas que precisam receber a segunda dose do imunizante contra a Covid-19. Por este motivo, a Prefeitura de Maricá suspendeu a aplicação feita com as doses do laboratório chinês (Sinovac), em parceria com o Instituto Butantan. Apesar da falta do imunizante da Coronavac, a Secretaria de Saúde segue seu planejamento até sexta-feira (14) aplicando as doses da Astrazeneca.

De acordo com a subsecretária de Saúde, Solange Oliveira, a vacinação segue acontecendo para os idosos acamados e os que estão nas Instituições de Longa Permanência (ILPI), que foram as primeiras prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI).

“Temos outras pessoas, outros idosos um pouco mais jovens, entre outros grupos como os da segurança que foram atribuídos a vacinação e foi adiantado o calendário. Infelizmente todas as pessoas vão ter que esperar até que o Ministério da Saúde nos forneça o restante das doses que precisamos para finalizarmos a imunização das pessoas que receberam a Coronavac”, afirmou.

Para atingir a meta de vacinação dos que ainda faltam receber a segunda dose do imunizante chinês, a Secretaria de Saúde precisaria receber mais 2.200 doses, contando com a margem de perda, que é de 10%.

Segundo Solange Oliveira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tem um estudo científico apontando sobre o que acontece quando ultrapassa o prazo máximo de 28 dias entre uma aplicação e outra da vacina Coronavac.

“Sabemos que a primeira dose confere algum grau de proteção, mas que há a necessidade de fazermos a segunda para ter uma proteção maior e alcançar os níveis de eficácia que são em torno 60%. O que acontece é que a Anvisa não se manifesta sobre isso. Só podemos afirmar com base em algum estudo científico dos órgãos reguladores e Anvisa está omissa sobre isso”, comentou.