Prefeito de Niterói foi preso em uma das fases da Lava Jato

Neves deixa Bangu 8. Na ocasião ele foi acusado de esquema com empresas de ônibus - Foto: Reprodução/TV Globo

Niterói
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Em dezembro de 2018, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) foi preso por uma força-tarefa do Ministério Público estadual e da Polícia Civil, por ser suspeito de desviar cerca de R$ 10 milhões das verbas de transporte de Niterói entre os anos de 2014 e 2018. A prisão fez parte de uma das fases da Lava Jato no Rio, realizada pelo MPRJ.

No episódio, Rodrigo chegou a se descontrolar emocionalmente e pediu para ser atendido por um médico, pois se sentiu mal. Morador de Santa Rosa, Neves não deixou o apartamento onde morava. No início da prisão, não havia sido divulgado em que unidade o prefeito estava,
mas depois se tornou público a informação de que ele estava no complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

A ação havia sido batizada de "Operação Alameda" e foi feita baseada na delação premiada de um dos presos da Lava Jato, o ex-dirigente da Fetranspor Marcelo Traça. Além de Neves, a ação cumpriu mais três mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Traça, Neves e outros três presos passaram, então, a responder por peculato e corrupção ativa e passiva.

Segundo as investigações, o prefeito de Niterói era o cabeça do esquema,
que fazia cobrança de 20% sobre cada reembolso da gratuidade das passagens das empresas de ônibus que possuíam consórcio com o município.

As gratuidades, oferecidas aos idosos, portadores de deficiência e alunos da rede pública, são pagas pelo município periodicamente. Dentro do valor a ser pago para as empresas, seria debitado os 20%.

Os outros presos foram Domício Mascarenhas de Andrade, ex-secretário municipal; João Carlos Félix Teixeira, presidente do consórcio TransOceânico e sócio da Viação Pendotiba e João dos Anjos Silva Soares, presidente do consórcio Transnit e sócio da Auto Lotação
Ingá.

Em março do ano seguinte, o prefeito de Niterói deixou o complexo de Gericinó depois de ter sua prisão revogada pelo 3º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Desde então, reassumiu seu cargo em Niterói.

Neves continuou negando seu envolvimento no esquema e insinuou que, após ser solto, passaria a ser ouvido. Ele ressaltou também que, no episódio, a denúncia não foi aceita. Além disso, os desembargadores aceitaram o recurso da defesa do prefeito e dos outros presos por maioria de votos.