Assistência Social busca apoio para melhorar atendimento a autistas

Ação orienta lojistas a assegurar tratamento diferenciado nos estabelecimentos localizados em São Pedro da Aldeia - Foto: Prefeitura de São Pedro da Aldeia

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A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), vem realizando regularmente ações para sensibilizar comerciantes do município a apoiar medida que assegura a prioridade no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Para efetivar a iniciativa, técnicas da secretaria percorreram alguns estabelecimentos comerciais da cidade, sobretudo aqueles que concentram um maior público, para orientar os comerciantes a respeito das determinações da Lei Federal nº 13.977, que prevê preferência especial sobre os demais atendimentos prioritários nos estabelecimentos públicos e privados.

A medida assegura prioridade em supermercados, lotéricas, farmácias, bancos, lojas em geral e órgãos públicos. Para facilitar o cumprimento da lei, foi criada a carteirinha do autista, que é emitida pela SASDH. O documento, que foi regulamentado por meio de decreto municipal (nº 126 de 28 de junho de 2021), garante os direitos das pessoas com TEA em todos os serviços públicos e privados.

Gerente comercial de um hortifruti no Centro, Júlio Baganha, disse que apoia integralmente a ação e que encaminhará as informações à responsável pela área de Recursos Humanos para orientar os funcionários com relação ao atendimento preferencial a esse público. "Prioridade é prioridade! O cliente não tem que solicitar o atendimento especial, nós é que temos que assegurar os direitos deles. Apesar de nem sempre identificarmos a pessoa com deficiência, o acompanhante sempre sinaliza", ponderou o gerente, que solicitou cartazes para serem afixados nas duas entradas da loja.

A coordenadora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da SASDH, Camila Oliveira, destaca a luta por direitos das pessoas com TEA. "Muitas pessoas não têm conhecimento a respeito do transtorno autista e não sabem que, algumas vezes, ficar em uma fila de banco, loja, supermercado, pode gerar a esta pessoa um desconforto incalculável, como a hiperatividade e comportamento agressivo, por causa da ‘quebra’ em sua rotina”, pontuou a coordenadora. A coordenadora do CRAS do Porto da Aldeia (Palmiro Gomes), Valéria Santos, reforça a importância da lei. "É urgente a necessidade de ficar o menos tempo possível aguardando o atendimento. Alguns clientes não compreendem a prioridade no atendimento porque as pessoas com o transtorno não apresentam características físicas que o identificam e ainda há a dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem".

Renata Ribeiro, gerente de uma loteria, diz que todas as vezes que o cliente solicita preferência na fila de atendimento prioritário, ela não questiona e não pede documentos comprobatórios para atestar o distúrbio. "Eu abro imediatamente outro guichê e faço o atendimento. Vou fixar o cartaz com as informações sobre este atendimento. É bom que os próprios clientes que ficam na fila prioritária, tomem conhecimento da preferência para os autistas".