Concurso público realizado no último domingo pela Prefeitura de Macaé, no norte do Rio de Janeiro, surpreendeu por incluir na prova duas questões consideradas machistas e misóginas. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame, anulou ambas.
Depois da enxurrada de críticas nas redes sociais, o município divulgou nota de repúdio exigindo medidas corretivas imediatas por parte da FGV.
A banca disse que as questões foram anuladas porque não seguiam os princípios da fundação, e anunciou que todos os candidatos vão ganhar os pontos correspondentes ao conteúdo, que estava na avaliação de língua portuguesa aplicada para cargos de professor.
A questão considerada machista pedia para o candidato apontar em um texto a frase que não apresentava crítica "ao fato de a mulher falar demais”. As cinco opções eram grosseiras e ofensivas, incluindo uma que dizia: “'A língua da mulher não cala nem depois de cortada''”.
Já na pergunta de teor misógino, os candidatos se depararam com comparações de teor desqualificatório para mulheres e vexatório para crianças. Entre os exemplos: "A mulher é como um defeito de natureza" e “Ter crianças em casa é como ter um jogo de boliche instalado no cérebro.
Nas redes sociais, internautas manifestaram revolta e perplexidade, inclusive classificando os termos usados como “absurdos”.
Mais de 43 mil pessoas fizeram o concurso, que oferece 824 vagas de níveis médio e superior em diversas áreas, inclusive educação.
FGV anula questões consideradas machistas de concurso em Macaé
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