Prefeitura promove ações de retiradas e demolições de estruturas ilegais na cidadeira

Prefeitura faz trabalhos de desocupação e demolição - Foto: Divulgação/ Prefeitura

Rio de Janeiro
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A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio das secretarias municipais de Ordem Pública (Seop) e Conservação (Seconserva), realizou, na manhã desta quarta (06), uma ação integrada para demolir duas construções irregulares na Mangueira, na Zona Norte. Coordenada pela Seop, a operação contou com 70 agentes, incluindo equipes da Guarda Municipal, da Comlurb, CET-Rio e do Controle Urbano, com apoio do 4º Batalhão da Polícia Militar, além da Light e Cedae.

“Construções irregulares como essas fazem uso indevido do espaço público, promovem riscos para o trânsito de veículos e expõem moradores à insegurança. A Prefeitura não vai compactuar com essa situação e fará cada vez mais ações desse tipo, por meio de um trabalho pautado na integração dos órgãos. A Seop atuará conjuntamente à Conservação e à Secretaria de Planejamento Urbano para que seja feito um mapeamento dessas construções irregulares e, assim, possamos executar as operações com inteligência”, esclareceu o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, que acompanhou a ação.

As duas construções estavam desocupadas. A primeira estava localizada em área pública destinada a canteiro central, em um ponto com grande fluxo de veículos e ligação da descida do Viaduto da Mangueira, sentido Centro, com a Rua Visconde de Niterói. Técnicos da Prefeitura já haviam embargado a obra, composta por um pavimento em alvenaria e estrutura de concreto.

Já a segunda demolição foi a de um cercado da alvenaria, de pequena dimensão, onde supostamente seria construído um quiosque. Na operação, foi utilizada uma retroescavadeira da Seconserva para a demolição e, em seguida, o mesmo equipamento ajudou na remoção dos escombros do local. Ao todo, 20 toneladas de entulho foram retiradas.

Retirada de estruturas em Área de Proteção Ambiental

Ainda no dia de hoje, a Coordenadoria de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio, derrubou sete estruturas que seriam novas casas e prédios na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Capoeira Grande, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Há uma forte tentativa de expansão urbana na região para áreas de mangues, o que configura crime ambiental.

Também houve ação de demolição às margens do Canal do Piraquê. A operação contou com apoio da Guarda Municipal, Comlurb, Polícia Militar Ambiental e da Secretaria de Conservação da Prefeitura. Foram mobilizados 40 agentes, em dez viaturas. Os responsáveis haviam sido notificados em outubro passado, e devem apresentar plano de recuperação ambiental para mitigar o dano. Ninguém foi encontrado no local.

O coronel José Maurício Padrone, novo coordenador de Fiscalização Ambiental do Meio Ambiente da Cidade, vai intensificar as ações de combate às infrações ambientais que surgem com a expansão urbana a áreas de preservação permanente. Essa vem sendo uma das atividades mais lucrativas de grupos paramilitares. Durante a ação, o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, disse estar alarmado com os dados sobre a insustentável marcha para a Zona Oeste.

"Vamos atuar com rigor para combater as infrações ambientais, sempre com apoio de outros órgãos. Um recado importante que queremos dar é: não dá mais para aceitar o 'liberou geral' em áreas extremamente frágeis do ponto de vista ambiental. A região de Guaratiba tem um importante manguezal e espécies ameaçadas, e a derrubada desse ecossistema configura grave crime ambiental", destacou.

A APA da Serra da Capoeira tem área total de 80 hectares e é um dos últimos remanescentes florestais com pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) no município do Rio de Janeiro.