Firjan busca aprimorar projeto da futura concessão de rodovias federais

Rodovias que estão no projeto de concessão estão localizadas na Baixada e no Leste Fluminense - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro
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A Firjan vem participando dos canais de diálogo para aprimorar diversos pontos do projeto de concessão das rodovias BR-116/RJ-MG (Rio – Governador Valadares), BR-116/RJ (Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense), BR-493/RJ (Arco Metropolitano) e BR-465/RJ (Antiga Rio-São Paulo). Os principais pleitos apresentados pela federação ao governo federal envolvem a recuperação da infraestrutura do Arco e atenção especial à questão de segurança da via; a resolução de gargalos atuais em consonância com o Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro (PELC/RJ); a revisão do valor do pedágio de Magé; e a realização de novas audiências públicas. A nova concessão terá 30 anos de validade e a expectativa é de que o edital seja lançado ainda este ano.

Um dos gargalos refere-se ao trecho da Via Dutra, na Baixada Fluminense. Estudo da federação já indicou que, entre as 37 Regiões Metropolitanas existentes no país, a do Rio de Janeiro (RMRJ) apresenta o maior tempo de deslocamento casa-trabalho-casa.

“É necessário análise das medidas propostas para que efetivamente venham a solucionar os congestionamentos da Baixada Fluminense. Por isso, é essencial que a concessão esteja em consonância com o PELC, que traz um diagnóstico de propostas relativas à mobilidade urbana até 2040”, assinalou Mauro Viegas, presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan, na audiência pública on-line promovidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na segunda quinzena de janeiro.

 

Pedágio de Magé em patamar elevado

Viegas e demais empresários ligados à Firjan foram enfáticos ainda quanto à importância da revisão do valor previsto para o pedágio de Magé, BR-116/RJ/MG: R$ 12,68, passando a R$ 16,49, quando a pista estiver duplicada. Há um consenso de que a redução dos atuais R$ 19,30 para R$ 16,49 é insuficiente.

“A manutenção do pedágio nos patamares atuais é extremamente prejudicial às populações, empresas e ao desenvolvimento socioeconômico de Magé e Guapimirim. É fundamental que o valor a ser cobrado seja reavaliado pela ANTT, visando a modicidade tarifária, um dos princípios básicos das concessões no Brasil”, frisou Roberto Leverone, presidente da Firjan Caxias e Região.

Ele destacou a dificuldade de atrair empresas para os dois municípios. Por outro lado, Magé e Guapimirim são regiões com logística privilegiada; porém sofrem com a falta de atração de investimentos por conta do valor do pedágio.

Carlos Erane de Aguiar, presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região, focou na manutenção e segurança das rodovias, sobretudo do Arco Metropolitano, trecho entre Itaguaí e Duque de Caxias. “Gostaria de reforçar a necessidade de realização de outras audiências para a discussão do projeto, porque os compromissos firmados nesse contrato vão valer pelos próximos 30 anos. É fundamental que a sociedade seja amplamente ouvida nesse processo”, ressaltou.

Outro pleito não atendido, este da Firjan Serrana, é um novo contorno para o município de Teresópolis, na BR-116. Entre os atendidos (da Firjan Leste Fluminense e da Firjan Caxias), está a previsão de concluir a duplicação do Arco Metropolitano entre Magé e Itaboraí e o término das obras de ampliação de capacidade da BR-116, no trecho da Serra dos Órgãos.