Rio: três áreas saem do nível de alto risco para covid-19

Copacabana, Lagoa e Rocinha ainda apresentam alto risco de covid-19 no Rio - Foto: Pixabay

Rio de Janeiro
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O município do Rio está com três das 33 regiões administrativas na cor laranja, o que representa risco alto para a covid-19. O 8º Boletim Epidemiológico, divulgado hoje (26) pela prefeitura, indica que Copacabana, Rocinha e Lagoa, todas na zona sul, permanecem nesse nível de risco. Já a Barra da Tijuca, Vila Isabel e Lagoa passaram para o risco moderado, na cor amarela. Embora sejam menos três regiões em risco alto, na comparação com a edição anterior do boletim, permanecem as restrições na cidade mantidas pela prefeitura, devido ao surgimento de três casos de novas variantes.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, informou que um deles é de uma mulher de 71 anos, moradora do Recreio, na zona oeste. Outro é de uma jovem de 21 anos que mora no Parque Anchieta, na zona norte. As duas se curaram, mas o terceiro caso é o de um homem de 54 anos, morador do Ccntro da cidade, que morreu. Garcia acrescentou que os três têm históricos de viagem ao Amazonas. “São casos importados. Eles se infectaram, adquiriram a doença lá e voltaram aqui para as suas residências”, contou o superintendente durante a apresentação do Boletim Epidemiológico.

O prefeito Eduardo Paes reforçou que mesmo com a melhora dos indicadores, ainda não é hora de relaxar. “A gente está vendo situações no Brasil bastante críticas, inclusive em São Paulo que é aqui do lado, em Porto Alegre, Salvador, Manaus. Há um conjunto de estados e cidades enfrentando dificuldades. Na segunda-feira (22), o comitê científico se reuniu e, mais uma vez, o Daniel [Soranz secretário municipal de Saúde] fez um relato daquilo que se passa. É óbvio que a gente está feliz com a situação que melhorou muito, mas tememos a possibilidade dessas novas variantes e decidimos manter em risco alto. A gente não pode afrouxar”, disse também na divulgação do boletim.

Apesar de não ser sua intenção anunciar, no momento, um lockdown na cidade, Paes disse que não vai hesitar em fazer o isolamento total, caso a situação da covid-19 se agrave na capital e o comitê científico identifique a necessidade da medida. “Não é uma decisão política. Hoje, os dados são positivos, o que não significa que amanhã não possam piorar”, afirmou.

Aglomerações
O prefeito mandou um recado para os locais que ainda permanecem em risco alto. “Atenção aglomerações da zona sul, fiquem espertas. Não arrisquem a vida dos seus entes queridos”, disse, lembrando que nesses locais têm ocorrido frequentemente aglomerações e muitas pessoas sem o uso de máscara de proteção. O recado valeu também para a torcida do Flamengo, que conquistou o título de campeão brasileiro na noite de ontem. Muitos torcedores voltaram a se aglomerar no início da manhã de hoje, desta vez no Aeroporto Internacional Tom Jobim/ RioGaleão para a chegada da delegação procedente de São Paulo, onde jogou na noite dessa quinta-feira.

Paes fez questão de agradecer, no entanto, à parcela da população do Rio que tem respeitado as medidas de restrição. “Se a gente está com risco moderado na maior parte da cidade é porque a população colaborou”, afirmou

O agradecimento se estendeu àqueles que durante o carnaval deixaram de ir para locais onde costumam ocorrer os desfiles de blocos. “Quando olho para o carnaval faço a crítica àqueles que se aglomeraram e fizeram festas, mas a gente esquece de fazer um elogio a 1 milhão de cariocas que deixou de ir ao Cordão do Bola Preta e a tantos blocos. Que deixou de sair às ruas dessa cidade na zona sul, na zona norte, no subúrbio carioca, para preservar as pessoas”, completou.