Animais resgatados por RJPET e protetores já começam a ganhar vida nova

Protetores contaram com ajuda da Subsecretaria Estadual de Proteção Animal - Foto: Cristina Cruz

Rio de Janeiro
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Na última semana, após constatação de que sete cães estavam se alimentando das próprias fezes, vivendo em um local totalmente insalubre e abandonados desde dezembro de 2020, a Polícia Militar, Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET) e três projetos de proteção animal: @anjos.de4patas, @gatorrosemapuros e @focinhofelizrj, foram até o local, no bairro Engenho de dentro para ajudar os animais.

Na casa os protetores só encontraram lixo, móveis destruídos e muitas fezes. Segundo Paula, uma das protetoras, “A casa parecia mais um filme de terror. Jamais poderia ser conivente com aquela situação, e permitir que aqueles animais indefesos continuassem naquele local”.

Situação dos animais

Todos os sete cães receberam lares temporários. No dia seguinte ao resgate, tomaram banho, foram vermífugados, medicados contra sarna, pulga e carrapato.

Uma das cadelas, pesando 26 quilos foi castrada na última segunda-feira (05/04), já está em casa se recuperando.

Um dos cachorrinhos já está em processo de adoção e uma fêmea já foi adotada definitivamente.

Uma mulher, se dizendo dona da casa, chegou ao local, no dia, e acabou sendo levada por policiais militares do terceiro BPM, para a delegacia da Tijuca, sob alegação do crime de maus-tratos.

O Secretário Estadual de Agricultura, Marcelo Queiroz, que responde pelas políticas públicas da Subsecretaria de Proteção aos Animais, está intensificando as ações conta maus-tratos.

“Fico muito feliz em saber que com a nossa atuação, em conjunto com a PM e protetores, alem de muito amor, esse animais foram salvos.
O Governador tem tomado ações enérgicas contra maus-tratos, como por exemplo a proibição de corridas de cachorros no estado, além de lei que não permite o uso de coleiras de choque em cães,” explicou Marcelo Queiroz.

Uma vizinha que preferiu não se identificar, disse que viu o dia que os proprietários da casa foram embora.
“Eu os vi fechando a porta e nunca mais voltaram, se esses animais não morreram, foi porque os moradores da rua jogavam ração por cima do muro. Ela está mentindo, desde dezembro todos esses cachorros estão completamente abandonados.

Segundo a polícia civil em depoimento, à mulher disse que não morava na casa, mas que as vezes passava por lá para alimentar os animais. Ela foi autuada pelo crime de maus-tratos, e vai responder ao processo.

De acordo com delegado Marcelo Carregosa, a suspeita já não tem mais a guarda dos animais que foram apreendidos em depósito pelos protetores, que agora são os fiéis depositários.

“Os animais deverão ser encaminhados a um veterinário para que o laudo possa configurar a materialidade dos maus-tratos, e assim ela será investigada por esse crime”, explicou o delegado.