Taxa de positividade de Covid alerta para baixa cobertura vacinal

A cada 100 testes rápidos feitos na rede de saúde do Estado do Rio 22 são positivos. O Aumento acontece no mesmo período em que a cobertura vacinal contra doença apresenta estagnação. Na cidade do Rio, de acordo com o Painel Covid, apenas 64% dos cariocas acima dos 18 anos receberam a dose de reforço, já a quarta dose teve menos da metade de adesão pelos idosos acima dos 80 anos.

"Essa quarta dose é importante porque ela gera um ganho de memória imunológica, então aquela imunidade que pode estar começando a cair na população maior de 60 anos de idade, essa nova dose faz com que a imunidade cresça de novo", explicou o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Além dos números da cobertura vacinal, a proximidade do inverno e a flexibilização das medidas restritivas interferem na taxa de positividade.

"Esse aumento da positividade é até esperado de certa maneira, porque com a eliminação do uso de máscaras em locais fechados, com a desobrigação de mostrar atestado vacinal contra a Covid, a maior circulação de pessoas nesse período, inverno, e a associação com outras síndromes gripais era de certa maneira esperado. O que não era esperado era o aceleramento, passou muito rápido de 2% para 8% e de 8% para 28% a positividade de testes que estão sendo feitos no setor privado, farmácias e laboratórios", alertou o professor de medicina social, Mario Roberto Dal Poz.

Segundo o Painel Covid-19, somente nesta segunda-feira (23), a cidade registrou 181 casos da doença e três mortes. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 25% e de enfermaria 21%.

No Brasil, dados divulgados pela Fiocruz apontam que a Covid é a principal causa da síndrome respiratória aguda grave. Segundo a fundação, 41,8% dos casos nas últimas quatro semanas foram diagnosticados como Covid-19.

"Esses casos que estão acontecendo são casos muito leves, que se quer fazem com que essas pessoas tenham que procurar uma unidade de emergência. Então, é um momento da taxa de positividade que provavelmente tá ligado ao aumento do número de casos, mas sem paralelo a demanda de assistência", tranquilizou Chieppe.

Atualmente, no Estado do Rio, mais de 12 milhões de pessoas tomaram a primeira e segunda dose da vacina e somente 6 milhões tomaram a primeira dose de reforço.