Comissão Especial faz Audiência Pública para cobrar solução para obras do Metrô

O clima na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro esquentou na manhã desta quinta-feira. A Deputada Adriana Balthazar (PSD), presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Liquidação das Empresas Públicas, realizou uma Audiência Pública para cobrar a retomada da obra da Linha 4 do metrô.

“Criei essa Comissão no ano passado, e desde então fazemos convites para Riotrilhos, responsável pelas obras do metrô, vir até aqui para nos prestar esclarecimentos, mas a concessionária nunca enviou um representante. Um desrespeito à Alerj, aos deputados e principalmente à sociedade” - afirma a Deputada Adriana Balthazar.

O Presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea (Amagávea), René Hasenclever, participou da audiência e disse estar preocupado com a possibilidade de desmoronamento no local onde foram escavados dois grandes buracos com 50 metros de profundidade. Em 2015, os engenheiros da Riotrilhos decidiram encher os buracos com água para evitar o desabamento, já que não havia previsão de retomada das obras.

“O buraco recebeu reforço em 2015, e em seguida foi inundado, mas até agora ninguém se interessou em mergulhar para ver como está a estrutura. Estamos falando de vidas. São 20 mil pessoas que moram no bairro, além das centenas que frequentam a PUC-Rio, que também será atingida, caso o chão afunde. ”

O representante do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), André da Silva Novaes, afirmou que o Tribunal recebeu em 2017 uma nota técnica da Riotrilhos. O documento apontava riscos a pessoas, bens e moradias que estão próximas da obra da Estação Gávea. No mesmo anos, o TCE pediu a necessária e urgente retomada e finalização das obras, mas nada foi feito até agora.

“Eu estou com todos os documentos do Tribunal de Contas e de todos os outros órgãos envolvidos. O próximo passo é reunir em breve quem tem poder de ação para conseguirmos resolver esse problema que só provoca prejuízos financeiros pro Estado e ainda pode causar perdas de vidas. É simplesmente inaceitável que essa situação continue” - finalizou a Deputada Adriana Balthazar.