Mudanças para resgate da independência de pacientes psiquiátricos

Clínica Nossa Senhora das Vitórias reformula atendimento e procedimentos - Foto: Prefeitura São Gonçalo

São Gonçalo
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Interação e um momento de descontração para os pacientes. A Clínica Psiquiátrica Nossa Senhora das Vitórias, no bairro Zé Garoto, realizou, na ultima sexta-feira (16), uma 'festa da roça' para os pacientes. O evento foi um importante momento de socialização no processo de tratamento psiquiátrico realizado no local, que vem passando por reformulação e já apresenta resultados positivos.

“Assumimos a gestão da clínica com muitos pacientes que viviam confinados, com elevado nível de agressividade. Estamos trabalhando pelo resgate da dignidade dessas pessoas. Temos muitos avanços a serem feitos”, destacou o secretário de Saúde e Defesa Civil, Dr. André Vargas.

A unidade atualmente realiza tratamento de 150 pessoas em processo de desinstitucionalização, que vivem nos cinco pavilhões da clínica. A nova gestão já apresenta resultados positivos, como pacientes que estão recebendo alta e sendo reinseridos no convívio familiar ou encaminhados para residências terapêuticas. Em breve, trinta e dois pacientes iniciarão o processo para terem alta e 18 devem deixar a clínica no prazo de 60 dias.

“Uma dessas pessoas estava há doze anos como paciente da clínica, recebeu alta e retornou para o convívio familiar”, comemorou o diretor geral da unidade, o psicólogo Renato Wilson.

A clínica tem uma equipe multidisciplinar, com psiquiatras, corpo de enfermagem, psicólogos e terapeutas, que trabalham em diversas frentes para resgatar a dignidade e promover independências dos pacientes, possibilitando a reinserção social e o convívio familiar.

O resgate da dignidade dos pacientes conta com cada um desses profissionais, que diariamente realizam progressos em busca da independência dos pacientes. A mudança de panorama vem sendo realizada , por exemplo, através da intensificação da presença dos profissionais de saúde mental que estão em contato com os pacientes, aumentando a assiduidade e contato direto, com acompanhamento terapêutico dedicado. São equipes com plantões fixos, otimizando o atendimento através da convivência e trabalho.

A reformulação da dinâmica de atendimento dos pacientes já vem apresentando resultados , como destaca a diretora de enfermagem, Maria Aparecida.

"Instituímos uma terapia ocupacional mais ativa, com banhos de sol, música, recreação, atividades manuais, jogos, como damas, baralho,dominó, futebol, o que acaba resultando em uma maior integração, influindo diretamente na redução dos atritos e discussões entre os pacientes", disse.

Também relacionada às mudanças no atendimento estão as realizações de rondas noturnas periódicas realizadas pelas equipes de enfermagem, para reduzir o risco de quedas de pacientes e potenciais riscos, a implantação de uma rotina com horários fixos de higiene e alimentação para os pacientes.

"Estamos preparando esses pacientes para que eles possam ter, lá fora, uma vida mais independente do que hoje eles têm. Muitos deles têm dependência até mesmo uns dos outros. Estamos trabalhando para que isso acabe. Os pacientes com previsão de alta terão um trabalho dedicado nessa transição", disse André Alves, diretor administrativo da unidade.

O processo de transição realizado pelos pacientes que estão prestes a deixar a clínica é feito em uma casa de passagem, que vai trabalhar a autonomia dos pacientes, para que eles mesmos realizem atividades do cotidiano, como se alimentar e tomar banho, para minimizar os impactos quando eles forem reinseridos no contexto familiar ou encaminhados para residências terapêuticas. Todo o processo é realizado respeitando o tempo com o qual cada paciente realiza seus progressos pessoais.
Pacientes que andavam descalços e agora têm o hábito de andarem calçados, pacientes femininas que podem cuidar da aparência através de terapias ocupacionais que incluem momentos dedicados à beleza com maquiagem e manicure, melhorando a auto estima.

Dedicação

A clínica também é feita de histórias de conexão e amor em cuidar dos pacientes. É o caso de Regina Sabóia, que atuou 12 anos anos como voluntária e hoje é oficineira, desempenhando um papel de suma importância na evolução dos pacientes, atuando com os terapeutas ocupacionais e desenvolvendo oficinas de dança, artes e pintura, realizadas durante toda a semana, de segunda a sexta-feira.

"Assim que possível , queremos retornar com a Educação de Jovens e Adultos, para que eles possam ter possibilidade de voltar a ler, escrever" , conta Regina.
A realização das aulas voltará à medida em que pacientes forem deixando a clínica, liberando espaços que atualmente estão ocupados nos pavilhões.

Interação social

Eventos como a festa junina, realizada na última sexta-feira, serão inseridos no calendário da clínica. Além de um momento de quebra de rotina e descontração para os pacientes, esse tipo de evento tem papel fundamental no aspecto social e convívio.

"A realização de eventos é feita em busca da melhoria das atividades sociais . Muitos são pacientes de longa data e essas atividades de interação melhoram e facilitam o relacionamento entre os próprios pacientes e outras pessoas, melhorando não apenas o aspecto comportamental, mas também no aspecto cognitivo. Esses eventos são realizados unicamente com o objetivo da ressocialização desses pacientes, finalizou o diretor geral, Renato Wilson.


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De: Secretaria de Comunicacao Social <[email protected]>
Date: seg, 19 de jul de 2021 15:01
Subject: Mudanças para resgate da independência de pacientes psiquiátricos
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO

 

 

SUBSECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL



Mudanças para resgate da independência de pacientes psiquiátricos

Clínica Nossa Senhora das Vitórias reformula atendimento e procedimentos

Interação e um momento de descontração para os pacientes. A Clínica Psiquiátrica Nossa Senhora das Vitórias, no bairro Zé Garoto, realizou, na ultima sexta-feira (16), uma 'festa da roça' para os pacientes. O evento foi um importante momento de socialização no processo de tratamento psiquiátrico realizado no local, que vem passando por reformulação e já apresenta resultados positivos. 

“Assumimos a gestão da clínica com muitos pacientes que viviam confinados, com elevado nível de agressividade. Estamos trabalhando pelo resgate da dignidade dessas pessoas. Temos muitos avanços a serem feitos”, destacou o secretário de Saúde e Defesa Civil, Dr. André Vargas.

A unidade atualmente realiza tratamento de 150 pessoas em processo de desinstitucionalização, que vivem nos cinco pavilhões da clínica. A nova gestão já apresenta resultados positivos, como pacientes que estão recebendo alta e sendo reinseridos no convívio familiar ou encaminhados para residências terapêuticas. Em breve, trinta e dois pacientes iniciarão o processo para terem alta e 18 devem deixar a clínica no prazo de 60 dias. 
  
“Uma dessas pessoas estava há doze anos como paciente da clínica, recebeu alta e retornou para o convívio familiar”, comemorou o diretor geral da unidade, o psicólogo Renato Wilson.

A clínica tem uma equipe multidisciplinar, com psiquiatras, corpo de enfermagem, psicólogos e terapeutas, que trabalham em diversas frentes para resgatar a dignidade e promover independências dos pacientes, possibilitando a reinserção social e o convívio familiar.
  
O resgate da dignidade dos pacientes conta com cada um desses profissionais, que diariamente realizam progressos em busca da independência dos pacientes. A mudança de panorama vem sendo realizada , por exemplo, através da intensificação da presença dos profissionais de saúde mental que estão em contato com os pacientes, aumentando a assiduidade e contato direto, com acompanhamento terapêutico dedicado. São equipes com plantões fixos, otimizando o atendimento através da convivência e trabalho.

A reformulação da dinâmica de atendimento dos pacientes já vem apresentando resultados , como destaca a diretora de enfermagem, Maria Aparecida.
  
"Instituímos uma terapia ocupacional mais ativa, com banhos de sol, música, recreação, atividades manuais, jogos, como damas, baralho,dominó, futebol, o que acaba resultando em uma maior integração, influindo diretamente na redução dos atritos e discussões entre os pacientes", disse.
  
Também relacionada às mudanças no atendimento estão as realizações de rondas noturnas periódicas realizadas pelas equipes de enfermagem, para reduzir o risco de quedas de pacientes e potenciais riscos, a implantação de uma rotina com horários fixos de higiene e alimentação para os pacientes.
  
"Estamos preparando esses pacientes para que eles possam ter, lá fora, uma vida mais independente do que hoje eles têm. Muitos deles têm dependência até mesmo uns dos outros. Estamos trabalhando para que isso acabe. Os pacientes com previsão de alta terão um trabalho dedicado nessa transição", disse André Alves, diretor administrativo da unidade.

O processo de transição realizado pelos pacientes que estão prestes a deixar a clínica é feito em uma casa de passagem, que vai trabalhar a autonomia dos pacientes, para que eles mesmos realizem atividades do cotidiano, como se alimentar e tomar banho, para minimizar os impactos quando eles forem reinseridos no contexto familiar ou encaminhados para residências terapêuticas. Todo o processo é realizado respeitando o tempo com o qual cada paciente realiza seus progressos pessoais.
Pacientes que andavam descalços e agora têm o hábito de andarem calçados, pacientes femininas que podem cuidar da aparência através de terapias ocupacionais que incluem momentos dedicados à beleza com maquiagem e manicure, melhorando a auto estima.
  
Dedicação

A clínica também é feita de histórias de conexão e amor em cuidar dos pacientes. É o caso de Regina Sabóia, que atuou 12 anos anos como voluntária e hoje é oficineira, desempenhando um papel de suma importância na evolução dos pacientes, atuando com os terapeutas ocupacionais e desenvolvendo oficinas de dança, artes e pintura, realizadas durante toda a semana, de segunda a sexta-feira.
  
"Assim que possível , queremos retornar com a Educação de Jovens e Adultos, para que eles possam ter possibilidade de voltar a ler, escrever" , conta Regina. 
A realização das aulas voltará à medida em que pacientes forem deixando a clínica, liberando espaços que atualmente estão ocupados nos pavilhões. 

Interação social

Eventos como a festa junina, realizada na última sexta-feira, serão inseridos no calendário da clínica. Além de um momento de quebra de rotina e descontração para os pacientes, esse tipo de evento tem papel fundamental no aspecto social e convívio.
  
"A realização de eventos é feita em busca da melhoria das atividades sociais . Muitos são pacientes de longa data e essas atividades de interação melhoram e facilitam o relacionamento entre os próprios pacientes e outras pessoas, melhorando não apenas o aspecto comportamental, mas também no aspecto cognitivo. Esses eventos são realizados unicamente com o objetivo da ressocialização desses pacientes, finalizou o diretor geral, Renato Wilson.

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