EDUCAÇÃO E LUSOFONIA

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Debaixo de uma árvore, escondendo-se do sol abrasador, que encadeia os olhos no seu brilho fulgurante mas que concede energia e força, para enfrentar a vida; ou, nessa mesma árvore, abrigando-se da chuva miudinha, fresca e agradável, que rega as plantas e enche os corações de alegria e esperança…À noitinha, à porta de casa ou sentados à mesa, depois do jantar, enquanto se espera que o sono chegue, para retemperar as forças…À beira mar, depois de mergulhos e saltos, temperados pelo sal e pelo sol, entre amigos…Enredados no cobertor acolchoado ou no lençol fino…

De ouvidos atentos, coração suspenso e mente franqueada, à espera, à espreita…

Lendo as histórias e as estórias, nas palavras que voam pelo espaço e nos gestos e expressões que fluem, aterram no cérebro e são absorvidas pela alma.

Ainda não sabem ler ou escrever, mas sabem contar, pelos dedos das mãos e dos pés (quando os primeiros se mostram insuficientes).

Assim começam os petizes a conhecer o mundo, pela boca dos mais velhos; conceptualizam, entendem e explicam a sua realidade, e, a tudo quanto, suas pequeninas mentes, não podem alcançar, desvendam com a imaginação.

Gigantes que sopram e fazem o vento ou que se banham no mar imenso e fazem as ondas; titãs de mãos sujas de terra e argila, que formam as ilhas, ao sacudi-las ou que cobrem o céu com um manto preto, trazendo a noite serena.

Pequenos, os petizes aprendem a falar e a entender que, a cada som equivale um conceito: um objeto, uma pessoa ou um sentimento… e, maravilhosamente, independentemente do país da Lusofonia, mesmo que ainda não o saibam expressar, em toda a sua plenitude, entendem a língua portuguesa.

As palavras, ouvidas pelos lábios dos adultos ou dos miúdos mais velhos, pela rádio ou pela televisão - nos desenhos animados ou nas séries e telenovelas, fazem parte do seu quotidiano; quando a Língua Portuguesa não se configura como a materna, aprendem a fazer uso dela, fluentemente e desde muito cedo.

Com ela, os desenhos animados têm mais graça, abre-se um véu de mistérios e inicia-se uma caminhada de aprendizagem, uma caminhada que quebra fronteiras e que se lança rumo ao conhecimento.