Setor de eventos pede socorro

Empresários vão a Brasília pressionar Congresso para aprovar projeto que estimule a retomada do setor - Foto: Divulgação

Panorama RJ
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A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) está organizando uma missão a Brasília, com associados de todo o Brasil, para conscientizarem os deputados federais sobre a urgência de se aprovar o Projeto de Lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - Perse, de autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE). Eles estarão na capital federal entre os dias 8 e 10 de fevereiro.

Responsável por 4,32% do PIB nacional e um universo de aproximadamente 60 mil empresas em todo o País, o setor de eventos de cultura e entretenimento está com 97% das atividades completamente paralisadas pela pandemia e mais de 450 mil postos de trabalhos formais, entre diretos e indiretos, já foram exterminados. Os empregos afetados no segmento superam em quase 80 vezes os perdidos com o fechamento das fábricas da Ford no país, com risco de perder mais 80 se nada for feito para proteger o setor.

"A aprovação do Programa é essencial para promover crédito, preservação dos empregos, manutenção do capital de giro das empresas, financiamento de tributos e desoneração fiscal. Somente dessa forma, será possível evitar o colapso total do setor", reforça o presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior.
No início do ano passado, Doreni esteve com outros empresários e artistas em Brasília para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele pediu o fim da meia-entrada em eventos culturais.
"Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica", disse na época.

A lei que criou a possibilidade do pagamento pela metade conforme alguns requisitos foi definida
em 2013.