Rodoviários ameaçam fazer greve

Categoria já perdeu 70 mil postos de trabalho e ainda sofre com os efeitos da pandemia do coronavírus - Foto: Agência Brasil/Arquivo

Panorama RJ
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Trabalhadores do transporte público enfrentam demissões e atrasos em seus salários e benefícios devido à situação precária das empresas do setor agravada pela pandemia. O quadro crítico foi relatado nesta semana ao Planalto, à Câmara e ao Senado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), que pediu ações para recuperar o segmento. A Confederação, que congrega 13 federações de base estadual e nacional e mais de 300 sindicatos de trabalhadores em transportes, com mais de 12 milhões de empregados em sua base, ameaça entrar em greve.

"Já perdemos 70 mil postos de trabalho somente no público urbano e metropolitano de passageiros, em função da grave crise que afeta nosso segmento de serviços", alerta Jaime Bueno Aguiar, presidente da CNTTT.

A CNTT confirma o crescente movimento de greve geral liderado pelos sindicatos e federações de base. Paralisações e protestos de trabalhadores dos transportes públicos já estão ocorrendo em municípios do Rio e de outros estados.

Segundo a categoria, o governo até prometeu ajudar o segmento de transportes, mas isso não se concretizou. "As interrupções dos serviços e a falta de pagamento dos salários trabalhadores em transportes terrestres são justificadas pelo empregador pela ausência de recursos financeiros, gerada pela queda brutal do número de passageiros pagantes transportados", esclarece o presidente.

A CNTTT solicitou ao Executivo que destine recursos aos municípios para solucionar a grave crise vivida pelo setor, na forma de auxílio emergencial e pedem ao Legislativo a derrubada do veto presidencial ao PL que propõe auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para sistemas de transportes em cidades acima de 200 mil
habitantes.