Coronavírus: como enfrentar essa crise?

Luiz Césio Caetano é presidente da Firjan Regional Leste Fluminense - Foto: Divilgação

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Com o objetivo de preservar a capacidade produtiva das empresas fluminenses e permitir a manutenção dos empregos em tempos de coronavírus, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) criou o Programa Resiliência Produtiva. Trata-se de um conjunto de iniciativas e propostas para o enfrentamento desta crise, por meio do apoio ao empresário, suporte aos trabalhadores e atuação permanente em busca de alternativas que permitam a retomada da atividade produtiva plena após a crise. 

O Programa foi colocado em prática antes mesmo do anúncio das medidas mais severas divulgadas pelas autoridades frente ao avanço da Covid-19. Desde o dia 12 de março, mais de 40 propostas foram encaminhadas às três esferas do governo sob a justificativa de manter a saúde financeira, em especial das pequenas e médias empresas. São questões relacionadas a diferentes temas como, por exemplo, adiamento de impostos, facilitação de crédito, flexibilização de questões trabalhistas, temas previdenciários, redução de burocracia, entre outras. Tudo isso, reforço, com o propósito de contribuir para a retomada da produtividade industrial, preservando o emprego de milhões de trabalhadores do estado, inclusive os do Leste Fluminense. Mais de 25 pleitos já foram atendidos até o momento.

Outra característica relevante do Programa Resiliência Produtiva é o diálogo permanente com o poder público e com a iniciativa privada em busca de soluções conjuntas para o abastecimento da população, para a vacinação de trabalhadores da indústria, na mobilização para doações em comunidades e hospitais, além da oferta de informação qualificada sobre a pandemia. 

Em Niterói, por exemplo, a Prefeitura abriu um canal de comunicação direta com os diferentes segmentos sociais e econômicos do município (inclusive com a Firjan) para discutir, de forma colaborativa, um plano de migitação dos impactos do novo coronavírus. Neste ambiente, houve o anúncio do pagamento de um auxílio financeiro aos microempreendedores individuais da cidade para garantir a subsistência desses trabalhadores e, consequentemente, manter a economia local aquecida. Já empresas com até 19 funcionários que se comprometerem em não realizar demissões por seis meses terão apoio do governo municipal no pagamento de parte dos salários. Nesta semana, pleiteamos a flexibilização da abertura das oficinas mecânicas de veículos e das lojas de material de construção. 

Avaliamos que as várias medidas de prevenção e de redução de impactos até agora anunciadas para a antiga capital estão no caminho certo. O setor produtivo de Niterói continuará pleiteando soluções que, simultaneamente, preservem a vida dos niteroienses e mantenham a economia local ativa, garantindo, assim, as necessidades básicas dos cidadãos.