Falar é a melhor solução

Ricardo Menezes - Foto: Divilgação

Ricardo Menezes
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Na coluna da semana passada falei sobre o Setembro Amarelo e a importância de tratarmos com muita seriedade de um tema caro à nossa sociedade: suicídio. Como a repercussão foi muito grande e o assunto é recorrente, vou me permitir trazer aqui mais alguns dados para que tenhamos a exata dimensão do problema.

Hoje, o suicídio no Brasil já mata mais do que a AIDS e vários tipos de câncer. Mesmo assim, muitas pessoas ainda não discutem o assunto e têm medo de encarar as doenças psicológicas que levam à morte. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 100 mil brasileiros, sete tiram a própria vida. Além disso, para cada suicídio podem ter ocorrido mais de 20 outras tentativas que não deram certo.

O principal objetivo do Setembro Amarelo é quebrar o tabu que existe envolvendo o suicídio. Ainda segundo a OMS, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos se a pessoa buscar ajuda e se tiver a atenção de quem está à sua volta.

Mas como fazer para ajudar? Se abrir ao diálogo. Mas um diálogo compreensivo, de preferência num lugar tranquilo e respeitando o tempo da pessoa. Ao mesmo tempo, é preciso oferecer suporte emocional e ajuda profissional. Há muitos, inclusive, gratuitos, como por exemplo os oferecidos pelo CVV (Centro de Valorização da Vida) tanto pela internet (cvv.org.br) como pelo telefone 188, que garante total anonimato.

Depressão é uma doença e, assim como você trataria uma gripe, um resfriado ou um câncer, você deve tratá-la de acordo com a orientação médica. Não se esconda, não se envergonhe. Procure ajuda. Falar é a melhor solução.